ESPERANÇA (Campinas, 74)
Gente, veículos, buzinas, guardas apitando.
Bancos, negócios, câmbio, venda e compra.
Sol forte, no alto, iluminando a cidade.
Repentinamente,
No meio da tarde ruidosa e quente,
Sem qualquer espera,
Aquela sensação nunca sentida,
Que cresce dentro do peito,
Toma conta da razão,
Abafa a estridente vida lá de fora,
E inunda de êxtase o coração.
Uma presença indescritível de vitalidade,
De saúde, alegria, de felicidade,
Aumentando,
Dominando o ser,
Subjugando-o.
Uma sensação de bem estar íntimo, de euforia,
Sem ligação com fatos do passado, do presente,
E as mil coisas de todo dia-a-dia.
Sentimento tão bom e de tal suavidade,
Tão firme, poderoso, de tamanha intensidade...
Que, impotente,
Ou o ser explodirá, de tanta felicidade,
Ou, sem forças, quedará inconsciente,
Em meio ao movimento externo da cidade.
A pequena porta lateral do templo convida
E, fugindo da rua e seu ruidoso vai-e-vem,
Ajoelho-me na capela do Santíssimo,
A mais escura, cheia de sombras, sem ninguém.
Enquanto cresce, a inexplicável beleza interior
Faz desaparecer os ruídos da vida da cidade,
E, ali, ajoelhado física e espiritualmente,
Espero o quê, a coisa, que não conheço,
Que deve estar para nascer, brotar, acontecer...
Tudo está apagado.
Não mais sei onde estou, quem sou, o que faço...
Tudo que existe, agora, é só felicidade...
Não mais preocupações, problemas, esforços, cansaços;
Os desejos, as necessidades, tudo se foi, nada ficou;
Só aquele vivo e belo sentimento de felicidade,
Que anula até o pensamento
E que só e unicamente percebo com intensidade...
O ser já não é separado ou independente
E só daquela sensação está consciente.
É como se houvessem luzes, sem luzes,
Perfumes, sem perfumes,
Música, sem música...
E, extasiado, aguarda sem querer, e sem poder não querer,
Aquilo que, parece, se avizinha,
De dentro ou de fora, não adivinha
...................................................
Aos poucos, a consciência volta...
Um arrepio toma conta do corpo, delicadamente.
Depois, os ruídos da rua se aproximam
E penetram a capela escura, lentamente.
Vejo as sombras, o genuflexório, o altar;
Sinto os joelhos, o calor, a vida de fora, o corpo todo vibrar.
Dentro, no íntimo, a maravilhosa sensação perdura,
Mas, agora, mais fraca, leve, obscura.
Deixo o templo;
A vida chama; há compromissos.
Mas preciso analisar, lembrar aqueles momentos,
Gravar, entender tão belos sentimentos...
Parece que, lá dentro, dentro de mim, alguém tem as respostas...
.....................................................................................
Hoje, só restam lembranças e saudades,
Resíduos que ficaram na mente e no coração.
A esperança, avivo-a sempre e sempre.
Nos momentos de relaxamento e de meditação,
Sopro as cinzas no desejo de que, ali, oculta,
Se inflame a brasa que restou,
E me incendeie, de novo, todo o ser,
E me faça de tudo esquecer
Com a recordação da felicidade que então me visitou.
Quando se repetirá?
Virá com mais força, com mais intensidade?
Fará que o ser todo derreta, exploda, flutue,
Definitivamente, de felicidade?...
Hoje, apenas recordações e esforços
Que me façam andar pela mesma estrada
E me levem àquele ponto singular
Que não sei mais encontrar na minha caminhada...
Esperança...
....................................................
Gente, veículos, buzinas, guardas apitando.
Bancos, negócios, câmbio, venda e compra.
Sol forte, no alto, iluminando a cidade.
Repentinamente,
No meio da tarde ruidosa e quente,
Sem qualquer espera,
Aquela sensação nunca sentida,
Que cresce dentro do peito,
Toma conta da razão,
Abafa a estridente vida lá de fora,
E inunda de êxtase o coração.
Uma presença indescritível de vitalidade,
De saúde, alegria, de felicidade,
Aumentando,
Dominando o ser,
Subjugando-o.
Uma sensação de bem estar íntimo, de euforia,
Sem ligação com fatos do passado, do presente,
E as mil coisas de todo dia-a-dia.
Sentimento tão bom e de tal suavidade,
Tão firme, poderoso, de tamanha intensidade...
Que, impotente,
Ou o ser explodirá, de tanta felicidade,
Ou, sem forças, quedará inconsciente,
Em meio ao movimento externo da cidade.
A pequena porta lateral do templo convida
E, fugindo da rua e seu ruidoso vai-e-vem,
Ajoelho-me na capela do Santíssimo,
A mais escura, cheia de sombras, sem ninguém.
Enquanto cresce, a inexplicável beleza interior
Faz desaparecer os ruídos da vida da cidade,
E, ali, ajoelhado física e espiritualmente,
Espero o quê, a coisa, que não conheço,
Que deve estar para nascer, brotar, acontecer...
Tudo está apagado.
Não mais sei onde estou, quem sou, o que faço...
Tudo que existe, agora, é só felicidade...
Não mais preocupações, problemas, esforços, cansaços;
Os desejos, as necessidades, tudo se foi, nada ficou;
Só aquele vivo e belo sentimento de felicidade,
Que anula até o pensamento
E que só e unicamente percebo com intensidade...
O ser já não é separado ou independente
E só daquela sensação está consciente.
É como se houvessem luzes, sem luzes,
Perfumes, sem perfumes,
Música, sem música...
E, extasiado, aguarda sem querer, e sem poder não querer,
Aquilo que, parece, se avizinha,
De dentro ou de fora, não adivinha
...................................................
Aos poucos, a consciência volta...
Um arrepio toma conta do corpo, delicadamente.
Depois, os ruídos da rua se aproximam
E penetram a capela escura, lentamente.
Vejo as sombras, o genuflexório, o altar;
Sinto os joelhos, o calor, a vida de fora, o corpo todo vibrar.
Dentro, no íntimo, a maravilhosa sensação perdura,
Mas, agora, mais fraca, leve, obscura.
Deixo o templo;
A vida chama; há compromissos.
Mas preciso analisar, lembrar aqueles momentos,
Gravar, entender tão belos sentimentos...
Parece que, lá dentro, dentro de mim, alguém tem as respostas...
.....................................................................................
Hoje, só restam lembranças e saudades,
Resíduos que ficaram na mente e no coração.
A esperança, avivo-a sempre e sempre.
Nos momentos de relaxamento e de meditação,
Sopro as cinzas no desejo de que, ali, oculta,
Se inflame a brasa que restou,
E me incendeie, de novo, todo o ser,
E me faça de tudo esquecer
Com a recordação da felicidade que então me visitou.
Quando se repetirá?
Virá com mais força, com mais intensidade?
Fará que o ser todo derreta, exploda, flutue,
Definitivamente, de felicidade?...
Hoje, apenas recordações e esforços
Que me façam andar pela mesma estrada
E me levem àquele ponto singular
Que não sei mais encontrar na minha caminhada...
Esperança...
....................................................
Sex Jun 14, 2013 11:34 am por espiritual
» SE VOCÊ MEDITAR..........Continuação e fim.........
Sáb Jan 05, 2013 8:15 pm por coronel
» SE VOCÊ MEDITAR......Continuação......
Sáb Jan 05, 2013 8:07 pm por coronel
» SE VOCÊ MEDITAR... continuação.......
Sáb Jan 05, 2013 8:01 pm por coronel
» SE VOCÊ MEDITAR O MUNDO SERÁ MELHOR
Sáb Jan 05, 2013 7:53 pm por coronel
» O QUE É O EGO? COMO ELIMINÁ-LO?
Sex Abr 20, 2012 9:51 pm por Nairan
» Estou aqui para aprender.
Qua Abr 11, 2012 7:45 pm por Monstrinho
» Religião: manancial de força ou de fraqueza? O Divino Direito de Ser Protegido
Qua Abr 11, 2012 7:31 pm por Monstrinho
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Dom Abr 08, 2012 1:12 am por Monstrinho