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    Mensagem  Convidad Dom Jul 17, 2011 11:46 pm

    ESPERANÇA (Campinas, 74)

    Gente, veículos, buzinas, guardas apitando.
    Bancos, negócios, câmbio, venda e compra.
    Sol forte, no alto, iluminando a cidade.

    Repentinamente,
    No meio da tarde ruidosa e quente,
    Sem qualquer espera,
    Aquela sensação nunca sentida,
    Que cresce dentro do peito,
    Toma conta da razão,
    Abafa a estridente vida lá de fora,
    E inunda de êxtase o coração.

    Uma presença indescritível de vitalidade,
    De saúde, alegria, de felicidade,
    Aumentando,
    Dominando o ser,
    Subjugando-o.
    Uma sensação de bem estar íntimo, de euforia,
    Sem ligação com fatos do passado, do presente,
    E as mil coisas de todo dia-a-dia.

    Sentimento tão bom e de tal suavidade,
    Tão firme, poderoso, de tamanha intensidade...
    Que, impotente,
    Ou o ser explodirá, de tanta felicidade,
    Ou, sem forças, quedará inconsciente,
    Em meio ao movimento externo da cidade.

    A pequena porta lateral do templo convida
    E, fugindo da rua e seu ruidoso vai-e-vem,
    Ajoelho-me na capela do Santíssimo,
    A mais escura, cheia de sombras, sem ninguém.

    Enquanto cresce, a inexplicável beleza interior
    Faz desaparecer os ruídos da vida da cidade,
    E, ali, ajoelhado física e espiritualmente,
    Espero o quê, a coisa, que não conheço,
    Que deve estar para nascer, brotar, acontecer...

    Tudo está apagado.
    Não mais sei onde estou, quem sou, o que faço...
    Tudo que existe, agora, é só felicidade...
    Não mais preocupações, problemas, esforços, cansaços;
    Os desejos, as necessidades, tudo se foi, nada ficou;
    Só aquele vivo e belo sentimento de felicidade,
    Que anula até o pensamento
    E que só e unicamente percebo com intensidade...

    O ser já não é separado ou independente
    E só daquela sensação está consciente.
    É como se houvessem luzes, sem luzes,
    Perfumes, sem perfumes,
    Música, sem música...

    E, extasiado, aguarda sem querer, e sem poder não querer,
    Aquilo que, parece, se avizinha,
    De dentro ou de fora, não adivinha
    ...................................................

    Aos poucos, a consciência volta...
    Um arrepio toma conta do corpo, delicadamente.
    Depois, os ruídos da rua se aproximam
    E penetram a capela escura, lentamente.
    Vejo as sombras, o genuflexório, o altar;
    Sinto os joelhos, o calor, a vida de fora, o corpo todo vibrar.
    Dentro, no íntimo, a maravilhosa sensação perdura,
    Mas, agora, mais fraca, leve, obscura.

    Deixo o templo;
    A vida chama; há compromissos.
    Mas preciso analisar, lembrar aqueles momentos,
    Gravar, entender tão belos sentimentos...
    Parece que, lá dentro, dentro de mim, alguém tem as respostas...
    .....................................................................................

    Hoje, só restam lembranças e saudades,
    Resíduos que ficaram na mente e no coração.
    A esperança, avivo-a sempre e sempre.
    Nos momentos de relaxamento e de meditação,
    Sopro as cinzas no desejo de que, ali, oculta,
    Se inflame a brasa que restou,
    E me incendeie, de novo, todo o ser,
    E me faça de tudo esquecer
    Com a recordação da felicidade que então me visitou.

    Quando se repetirá?
    Virá com mais força, com mais intensidade?
    Fará que o ser todo derreta, exploda, flutue,
    Definitivamente, de felicidade?...

    Hoje, apenas recordações e esforços
    Que me façam andar pela mesma estrada
    E me levem àquele ponto singular
    Que não sei mais encontrar na minha caminhada...

    Esperança...

    ....................................................

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