Máscaras de Deus

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Filosofia Oriental e Espiritualismo Prático

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    Amor Bondade - Metta

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    Amor Bondade - Metta - Página 2 Empty Re: Amor Bondade - Metta

    Mensagem  Convidad Ter Jun 07, 2011 6:55 am

    Concluo assim: O grande problema é aceitar que a pessoa, ilusória, precisa morrer, para que apareça o verdadeiro ser e a verdadeira realidade. Mas isto também não é problema nenhum, pois quem não o faça agora com esse propósito, e são muito poucos que o fazem, terá que fazê-lo obrigatoriamente e de forma mais dramática naquela hora... desta forma sem consciência, porque prevalece o falso desejo de ser alguém. O ciclo vicioso nunca mais para.

    Adeus!!
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    Amor Bondade - Metta - Página 2 Empty Re: Amor Bondade - Metta

    Mensagem  Goedert Ter Jun 07, 2011 10:10 am

    Monstrinho escreveu:

    Goedert,

    O que se faz mister é não complicar as coisas. Nesse post você já conseguiu ser mais claro, e resumiu, de maneira simples e inteligível, os objetivos dos ensinamentos do Buda.

    Entretanto, vc termina o post com uma conclusão de cunho acadêmico, como está no trecho destacado em negrito no seu texto. E essa conclusão de cunho acadêmico, sempre dá ensejo para se colocar a seguinte questão: sim, mas e daí?

    O que eu to procurando mostrar, é que o Buda tem algo PRÁTICO a nos ensinar, e se ele utilizou as palavras e a linguagem, era porque esse era o único meio, a única ferramenta para que ele pudesse comunicar aos discípulos as suas experiências subjetivas que o levaram ao estado de Nirvana.

    Acho muito interessante aprender conceitos budistas, mas penso que essas ilações fora de contexto, não oferecem um entendimento mais amplo, no tocante à prática da meditação e à busca desse "vazio", ou seja, a eliminação do eu.

    A gente continua amanhã,

    Abçs,

    Amigo Monstrinho,

    Veja esses discursos do Buda:

    Cunda
    Porque são necessários ambos, aqueles que se dedicam à meditação e aqueles que se dedicam aos estudos?

    Para Kesi o Treinador de Cavalos
    Buda explica para Kesi, o treinador de cavalos, a forma como ele ensina o Dhamma. Kesi fica tão tocado pela explicação do Buda que ele promete seguir o Buda pelo resto de sua vida. Esta brilhante exposição merece estudo cuidadoso por todos mestres – não somente do Dhamma – já que revela os múltiplos níveis em que o treinamento eficaz opera: o Buda fala em termos que o ouvinte entende (treinamento de cavalos), ele usa símiles com grande efeito, e com habilidade ele responde a verdadeira questão que está por detrás da pergunta do estudante ("Por favor, você pode me treinar?")

    Nestes discursos vemos a importância que o buda da tanto a questão prática quanto a visão teórica do Dhamma, os dois agem em combinação.

    Veja o verso do Dhammapada:

    Não existe concentração (jhana),
    sem sabedoria(pañña),
    e não existe sabedoria sem concentração.
    Aquele que tem ambos,
    concentração e sabedoria,
    está mais próximo de Nibbana. (Dhp 372)

    Monstrinho, o Samadhi Sutta e o Yuganaddha Sutta mostram que a diferença entre os dois padrões causais está relacionada com diferenças entre os meditadores: alguns desenvolvem fortes poderes de concentração antes de desenvolver a sabedoria, enquanto que outros obtêm uma sólida compreensão teórica do Dhamma (Ensinamento do Buda) antes de desenvolver uma forte concentração. Em ambos os casos, tanto a forte concentração como a sólida sabedoria são necessárias para concretizar o Despertar. O Mahasalayatanika Sutta assevera que quando a prática atinge o cume do seu desenvolvimento, a concentração e a sabedoria agem em combinação.

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    Azuramaya


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    Amor Bondade - Metta - Página 2 Empty Re: Amor Bondade - Metta

    Mensagem  Azuramaya Sex Set 02, 2011 9:17 pm

    O amor é desconhecido da maioria dos que usam esse termo, mas a idéia é simples!

    O amor é como o esguio e delgado corpo de uma serpente quando ela sai da água, ainda uma parte permacene imersa e se amássemos apenas a parte de fora e a quiséssemos carregar ou raptar, teríamos que destacá-la, matando-a.

    Pois não é o amor aquele que destaca e resgata para si o aquilo que vê, mas aquele que dá a oportunidade de todo o conjunto seguir para longe dos grilhões da nossa consideração e vontade de possuir.
    rbya
    rbya


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    Amor Bondade - Metta - Página 2 Empty Re: Amor Bondade - Metta

    Mensagem  rbya Seg Set 12, 2011 2:08 am

    Olá! Laughing

    Gostaria de trazer para esse excelente Forum a interpretação dos ensinamentos de Budha feita por PJ do Espiritualismo Universal.

    A qualidade da gravação não é muito boa, mas o conteúdo é maravilhoso ...

    Eu gostei demais, assim como gostei demais do q li aqui .. sunny

    Espiritualismo Universal - Ensinamentos de Budha
    Monstrinho
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    Amor Bondade - Metta - Página 2 Empty Re: Amor Bondade - Metta

    Mensagem  Monstrinho Seg Set 12, 2011 3:11 am

    dim-dim escreveu:Concluo assim: O grande problema é aceitar que a pessoa, ilusória, precisa morrer, para que apareça o verdadeiro ser e a verdadeira realidade. Mas isto também não é problema nenhum, pois quem não o faça agora com esse propósito, e são muito poucos que o fazem, terá que fazê-lo obrigatoriamente e de forma mais dramática naquela hora... desta forma sem consciência, porque prevalece o falso desejo de ser alguém. O ciclo vicioso nunca mais para.

    Adeus!!

    Correto, ou correcto Smile

    E, já que a Rbya lembrou o Pai Joaquim aqui, este diz que "cada respiro nosso é uma chance que temos de morrer a cada dia" - algo assim.

    Um problema que surge, entretanto, parece ser o medo de se aventurar em outras experiências - e aqui me lembra algumas frases do filme "Quem somos nós": 'por que continamos sempre com os mesmos relacionamentos? Por que continuamos sempre com os mesmos hábitos"?

    Concordo - e sinto isso hoje - que não existimos como seres humanos, homens e mulheres. Que isto é ilusão.

    E, valeu por lembrar a necessidade de fazer prevalecer o ditado popular "o tempo urge".

    E Rbya, depois assistirei os vídeos do Pai Joaquim que você disponibilizou aí para nós.

    Abçs

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    Amor Bondade - Metta - Página 2 Empty Re: Amor Bondade - Metta

    Mensagem  Convidad Sáb Set 17, 2011 11:21 am

    Monstrinho escreveu:
    “A "queda dos anjos", é uma queda para cima, e a expulsão do paraíso é a conquista da liberdade, da iluminação, do nivarna ou samadhi”.

    Hebe escreveu:
    ”O isolamento por si só, é fuga e medo da convivência. Bem eu penso assim, vamos continuando a conversar”.

    Cel: a queda é a queda (ou perda) da condição de EU Absoluto, Universal, do Nirvana, do samadhi sem fim, e a assunção de um “eu” ficticio, ilusorio; da liberdade total anterior, cai-se na prisão ilusória de um eu/ego q não existe, num mundo de sofrimentos causados por ilusões, e a Consciencia Absoluta, Infinita, ilimitada, nessa nova condição, passa a se revestir de uma identidade falsa, de uma Consciencia restrita, limitada e finita; é o Espirito/Alma/Consciencia una e não local, assumindo a máscara de espirito individual e separado dos demais e do universo, assumindo uma consciencia local, restrita ao cérebro, bem ou mal estruturado, q sente o Todo ao derredor e se julga independente e separado, e q tem de se defender das demais consciencias locais; a todo custo fugir do sofrimento e a todo custo superar os demais e ser mais “feliz” (mais poderoso, belo, saudável, famoso, respeitado, rico...). Com essa queda, nasce o medo do mundo (medo resultante da ignorancia da verdadeira identidade), e os consequentes sofrimentos q só cessam qdo chega o fim da ilusão...

    O isolamento, na realidade, para aquele q chegou ao “porto seguro”, não existe, não se consuma, pois ele podemos dizer “obrigatoriamente” (pois estará, então, em sua própria natureza) busca os demais para lhes abrir olhos e ouvidos, apontando-lhes o caminho (q ele já conhece) para a emancipação final. O isolamento, a solidão, só é buscado para facilitar o “encontro”, ou qdo vem o desespero ao perceber q o “tesouro”, por muito tempo perseguido, está bem ali (onde sempre esteve, mas não sabia; é a “noite escura da alma”, de João da Cruz), atrás daquela parede q, por mais q se machuque, tirando sangue das mãos e dos pés, não consegue derrubar, para o agarrar, “naquele campo” (da parábola) para cuja aquisição não tem ainda conseguido se desfazer de todos os apegos nascidos dos atrativos do mundo. É esse desespero q leva o buscador a procurar ficar só, no silencio, afastado dos “ruidos” q a vida do animal em sociedade provoca; e ele se isola de tudo, afinal até dele mesmo, pois tenta fugir até dos próprios pensamentos.

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    Alex


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    Amor Bondade - Metta - Página 2 Empty Re: Amor Bondade - Metta

    Mensagem  Alex Dom Set 18, 2011 9:32 pm

    Olá, amigo Coronel!

    Coronel_ escreveu:Cel: a queda é a queda (ou perda) da condição de EU Absoluto, Universal, do Nirvana, do samadhi sem fim, e a assunção de um “eu” ficticio, ilusorio; da liberdade total anterior, cai-se na prisão ilusória de um eu/ego q não existe, num mundo de sofrimentos causados por ilusões, e a Consciencia Absoluta, Infinita, ilimitada, nessa nova condição, passa a se revestir de uma identidade falsa, de uma Consciencia restrita, limitada e finita; é o Espirito/Alma/Consciencia una e não local, assumindo a máscara de espirito individual e separado dos demais e do universo, assumindo uma consciencia local, restrita ao cérebro, bem ou mal estruturado, q sente o Todo ao derredor e se julga independente e separado, e q tem de se defender das demais consciencias locais; a todo custo fugir do sofrimento e a todo custo superar os demais e ser mais “feliz” (mais poderoso, belo, saudável, famoso, respeitado, rico...). Com essa queda, nasce o medo do mundo (medo resultante da ignorancia da verdadeira identidade), e os consequentes sofrimentos q só cessam qdo chega o fim da ilusão...


    Sim, não obstante, se o Ser agora está nessa nova condição, qual era a "antiga condição" em que ele se encontrava antes da "perda" do EU ABSOLUTO?

    E também, em que momento o Ser, ou Self, Atman ou ainda o Espírito desfrutou dessa posição de "estar UNO com o Pai", de estar "fundido" com essa Consciência Absoluta? Qual foi o momento, por quê e quando esse mesmo Ser/Self/Atman/Espírito perdeu a sua condição de EU, de unidade com o Absoluto, com Brahman?

    E também, em que momento houve a assunção do "eu" fictício, do ego ilusório? Em qual conjuntura, em que momento o EU se desliga do ABSOLUTO para assumir a falsa individualidade do eu fictício?


    Coronel_ escreveu:

    O isolamento, na realidade, para aquele q chegou ao “porto seguro”, não existe, não se consuma, pois ele podemos dizer “obrigatoriamente” (pois estará, então, em sua própria natureza) busca os demais para lhes abrir olhos e ouvidos, apontando-lhes o caminho (q ele já conhece) para a emancipação final. O isolamento, a solidão, só é buscado para facilitar o “encontro”, ou qdo vem o desespero ao perceber q o “tesouro”, por muito tempo perseguido, está bem ali (onde sempre esteve, mas não sabia; é a “noite escura da alma”, de João da Cruz), atrás daquela parede q, por mais q se machuque, tirando sangue das mãos e dos pés, não consegue derrubar, para o agarrar, “naquele campo” (da parábola) para cuja aquisição não tem ainda conseguido se desfazer de todos os apegos nascidos dos atrativos do mundo. É esse desespero q leva o buscador a procurar ficar só, no silencio, afastado dos “ruidos” q a vida do animal em sociedade provoca; e ele se isola de tudo, afinal até dele mesmo, pois tenta fugir até dos próprios pensamentos.


    Esta seria a única caridade possível?

    Até mais.

    Alex

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    Mensagem  Convidad Ter Set 20, 2011 5:22 pm

    Amigos de “máscaras”; olá, amigo Alex.

    Na intenção de ser claro a respeito das perguntas do Alex, vou colocar abaixo um texto longo (não sei fazer diferente) mas q pode trazer reflexão e compreensão. Espero q os amigos o leiam até o fim.

    Alex escreveu: -... qual era a "antiga condição" do espírito... antes da "perda" do EU ABSOLUTO?

    Cel: - evidentemente era a condição de Eu absoluto, pois não a havia perdido ainda; sempre o Ser/espírito está na mesma condição de “Eu absoluto”, sendo apenas como que desviado dessa condição qdo, como todos nós, “ocupa” um cérebro, q lhe dá a ilusão de q é um ser separado dos demais e do universo, tornando sua percepção de Ser infinito, restrita a um corpo animal. A visão mística é esta: não existe modificação no Eu absoluto; esse Eu é sempre o mesmo. antes de se manifestar como um "eu" e,depois, neste mundo, quer esteja dançando, trabalhando, chorando, rindo ou sofrendo muito; e o místico sabe que, na verdade, tudo está bem pois, como diz Hakuin, mestre Zen: “este corpo é o corpo de Budha”. O mesmo diz um cântico do hinduismo: “do perfeito tirando o perfeito o que resta é perfeito”. E, porque a Mente (pura, Deus) está em toda a parte em todos os momentos, não é possível nem tem sentido tentar alcançá-la, pois não existe lugar algum onde ela não esteja; falta-nos, apenas, percebê-la como sendo nós mesmos, pela remoção do véu do ego..

    Amazuki Sessan: “A verdadeira paz e felicidade, a percepção do Absoluto, o Caminho de Buda - o grande erro é pensar consegui-lo em algum céu ou mundo do outro lado, ou num momento futuro. Nunca deixamos o Caminho por um momento sequer. O que podemos deixar não é o Caminho”.

    Huang Po: “Busca-o e ele te escapa; corre dele e ele segue junto a ti. Nunca podes conquistá-lo e nunca podes deixar de possuí-lo. Portanto, não precisas preocupar-te com essas coisas”.

    Niu-tou: “Se fugires do Vazio, nunca poderás livrar-te dele; se o buscares, nunca poderás alcançá-lo”.

    Yung-Chi: “Como o céu vazio, ele não tem limites e, no entanto, está bem aqui, sempre tranqüilo e claro. Quando o procuras, não podes encontrá-lo, mas também não podes perdê-lo”.

    Se Deus, ou a Mente, é o que, até inconscientemente, nós, q somos dotados de cérebros, estamos buscando, e fora da Mente não há nada, pois a Mente é todos os lugares, tempos e coisas, conclui-se que já estamos lá, que o que somos agora é Mente, e que apenas não temos percepção dessa verdade. (“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará!”).

    Norwich: “Vê! Eu sou Deus. Estou em todas as coisas! Levo todas as coisas até o fim que ordenei desde o sem começo, com a mesma força, sabedoria e amor com que as fiz. Como é possível que alguma coisa esteja errada?”.

    Zazen de Hakuin: “Todos os seres são Budas desde o princípio. Fora dos seres vivos, onde encontramos Buda? Não sabendo quão perto está a Verdade, as pessoas a procuram muito longe; que pena! São como aquele que, no meio da água, chora de sede com acentos tão lastimosos”.

    Eckhart, místico cristão: “Conforme a crença dos simples, sentimos Deus como se Ele estivesse lá e nós aqui. Não é assim; Deus e eu somos um só no ato de percebê-lo”.

    Ramana: “Você precisa livrar-se da idéia de que ainda precisa encontrar ou compreender o Eu. Você é o Eu. Terá havido algum tempo em que você não se dava conta do Eu?”.

    Assim, quer compreendamos, quer não, nós o somos, sempre o fomos e sempre o seremos.

    Diz um poema Zenrin:
    Se compreenderes, as coisas são exatamente como são. Se não compreenderes, as coisas são exatamente como são”.

    Assim, tb disse Jesus: “quem tem olhos de ver, veja! Quem tem ouvidos de ouvir, ouça!”, isto é: “quem puder compreender, compreenda!”. Como são coisas difíceis de compreender por quem ainda não teve a experiência, Paulo tb disse: “... subi até o terceiro céu e lá vi e ouvi coisas inefáveis!”. Do mesmo modo, dizia o Buda a quem o inquiria a respeito dessas coisas: “essas perguntas são irrelevantes; venha e veja por si mesmo!”. De modo semelhante Jesus tb disse, aos q conviviam e aprendiam com ele: “Muitas coisas mais tenho a vos dizer, mas vós não as compreenderíeis agora” (compreensão só vem da eliminação do ego).

    Assim, nunca poderemos alcançá-lo porque nós o somos. Temos, sim, de percebe-lo!

    Ramana: “Não há alcançar o Eu. Se o Eu devesse ser alcançado, significaria que o Eu não está aqui agora. Por isso digo que não se alcança o Eu. Você é o Eu; você já é Aquilo”.

    Rinzai, o rei dos mestres Zen: “Estás colocando outra cabeça acima da tua! O que te falta? O que fazes neste exato momento é exatamente o que um Buda faz. Mas não acreditas nisso e teimas em buscá-lo fora de ti”. (como fez Santo Agostinho).

    E de Huang Po, o mestre de Rinzai: “Não existe nada a ser atingido. Sempre te identificaste com o Buddha; portanto, nunca poderás atingir essa identificação por meio de quaisquer práticas. Se, neste momento, pudesses convencer-te disso, estarias iluminado. É difícil compreender esta afirmação? É para te ensinar a não buscares o estado de Buddha, pois toda busca se destina ao fracasso.’ (já que o somos, a tentativa de buscá-lo é absurda. Temos apenas de buscar essa percepção. Ensinou Jesus: “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus... “).

    Huang Po: “A Mente Una é o Buddha e não há separação entre Buddha e os seres sensíveis; estes, como estão ligados às formas, buscam o estado de Buddha nas coisas exteriores e, assim, o perdem, pois isso é buscar o Buddha pelo Buddha, é usar a Mente para encontrar a Mente”.

    Bankei: “A mente de Buddha e a nossa são uma só”. (“Eu e Pai somos um”).

    A busca implica investigação ou procura de objeto ou coisa lá fora, mas a Mente não é objeto lá fora, e sim o próprio Sujeito Absoluto (em todos nós). A busca supõe uma carência atual, mas não carecemos de nada; só a falta de compreensão cria em nós um ilusório sentido de carência. O sujeito da busca e o objeto da busca são, na verdade, o mesmo. Aquilo que eu estou procurando é exatamente aquilo que está realizando o ato de procurar: eu mesmo. Aquilo que estou observando outra coisa não é senão eu mesmo que estou realizando o ato de observar.

    Por isso dizem, hoje, aqueles q compreenderam, entre eles físicos quânticos: “com nossos olhos, Deus vê o universo!”; “somos os olhos e ouvidos de Deus, percebendo o universo”, e ainda: “somos o universo percebendo o universo”. Revejam o “experimento das duas fendas”!

    Huang Po: “Quando se ouve dizer que os Buddhas transmitem a Doutrina da Mente, supõe-se que existe alguma coisa para ser atingida ou compreendida e, em seguida, utiliza-se a mente para procurar a mente, sem saber que a mente que procura e a mente procurada são a mesma coisa”. (Krushnamurti: “o observador é a coisa observada”)

    E como aquele que está procurando é exatamente aquele que está sendo procurado, só por causa disso, aquilo nunca poderá ser conhecido ou visto como objeto, pois Ele é quem busca, quem observa; é o próprio sujeito, é o único Conhecedor, o único Vedor, o único Eu, pois tudo é Um. Um mestre: “a doença do homem é ver dois onde só existe um”.

    E Schroedinger, um dos formuladores da mecânica quântica: “a mente é a única coisa q não tem plural”.

    Upanishad: “Nunca poderás ver o vedor da visão, nem ouvir o ouvidor da audição, nem perceber o percebedor da percepção, nem conhecer o conhecedor do conhecimento, pois tu és Ele!”..

    Por isso, nunca poderemos perceber nosso Eu. E aqui está a origem do dualismo primário, pois, qdo ocupando um cérebro, imaginamos ver e perceber nosso Eu, sem compreender que tudo o que vemos ou percebemos é apenas um complexo de objetos percebidos e, assim, não pode ser o Eu, pois “o percebido não pode perceber” e o Eu não é um objeto e sim o Sujeito Absoluto. Assim, nenhum eu de que possamos ter consciência ou percepção é, absolutamente, nosso Eu!

    Alex escreveu: - em que momento o Ser, ou Self, Atman ou ainda o Espírito desfrutou dessa posição de "estar UNO com o Pai", de estar "fundido" com essa Consciência Absoluta? Qual foi o momento, por quê e quando esse mesmo Ser/Self/Atman/Espírito perdeu a sua condição de EU, de unidade com o Absoluto, com Brahman?

    Cel: - amigo, como a Consciencia Universal, una, está em tudo e é tudo (Paulo), sempre q macho e femea dão lugar a novos cérebros, “zilhões x zilhóes” de vezes a todo instante, a consciencia se manifesta por eles e surge a ilusão de q são seres separados, independentes. Leiam isto, q não vem de um ‘místico’ confuso, mas da clareza da mente de Schroedinger, o cientista que formulou a mecânica quântica, a ciência mais avançada e mais bem arquitetada do planeta:
    “Por mais inconcebível que pareça à razão comum (nascida do nosso modo de conhecer dualístico), nós e todos os seres conscientes somos tudo em tudo. Daí que a vida que estamos vivendo, não seja apenas um fragmento da existência inteira, mas, em certo sentido, é o Todo (a vida total)... Assim, podemos atirar-nos ao chão, estender-nos sobre a Mãe Terra, com a convicção absoluta de estarmos em comunhão com ela e ela conosco. Estamos firmemente estabelecidos e somos tão invulneráveis como ela. Tão certo quanto ela nos engolirá amanhã, trar-nos-á outras vezes novas lutas e novos sofrimentos. E não somente “algum dia”. Agora, hoje, todos os dias, ela nos traz à vida, não uma só vez, mas milhares e milhares de vezes, exatamente como nos engole, todos os dias, milhares e milhares de vezes”.

    Alex escreveu: - Esta seria a única caridade possível?

    Cel: - a maior caridade/amor é, para aqueles q chegaram “lá”, tentar ensinar o caminho. A eles, pela compreensão q da eliminação do ego lhes vem, nasce um amor quase “insuportável” (testemunhos) pelos semelhantes, pois eles compreenderam/conheceram nossa verdadeira identidade e, os demais, sofrem exatamente porq não a conhecem. Por esse amor, muitos morreram pois não se calaram, senão qdo algum irresistível impedimento os alcançou. Esse é o genuíno amor, amor desconhecido por aqueles q ainda não chegaram: mostrar o caminho!

    Até mais.



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    Mensagem  Alex Ter Set 20, 2011 6:45 pm

    Mas com que objetivo Deus "se matou e se dividiu em dois" (Esse é o mito oriental que explica a origem do dualismo), fazendo-se mergulhar em seres humanos que, por sua própria natureza, são individualidades?

    Temos vivido durante várias reencarnações, você sabe disso. Não vale dizer que - recorrendo ao Panteísmo como você costuma fazer nos seus textos - havia apenas Deus, numa unidade indissolúvel e de repente, Deus se manifestou em forma de individualidades. Deus faz isso a todo o momento? Ora, se assim for, então podemos dizer que, após a morte haverá a dissolução dessas individualidades, e isto não é verdade.

    Mas a pergunta é essa: com que objetivo Deus se manifesta em forma de individualidades e por quê essas individualidades passam a acreditar que são um "eu", que são "únicas", separadas do Todo?

    Até mais.

    Alex


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    Mensagem  Convidad Qua Set 21, 2011 6:43 pm

    Alex

    Alex escreveu: - Mas com que objetivo Deus "se matou e se dividiu em dois" (Esse é o mito oriental que explica a origem do dualismo), fazendo-se mergulhar em seres humanos que, por sua própria natureza, são individualidades?

    Cel: - amigo, deve ser apenas uma alegoria pois, se tudo é Um, uma só Consciencia ou Mente Universal, o surgimento do Samsara ou de “eus” individualizados significa q a Mente una, se dividiu em “zilhões” e “zilhões” de mentes localizadas em cérebros, ou o Todo se dividiu em Nirvana e Samsara. Contudo, para os místicos (me parece q Krishnamurti tb) essa mente aparentemente dividida permanece indivisa. Está em tudo e é tudo (Paulo). Assim, o mundo de Samsara é apenas ilusão da mente “dividida”. Os cérebros são individuais, mas a Mente, q por eles se manifesta, continua sendo uma só (“a doença do mundo (ou do homem) é ver dois onde só há um”).

    Alex: - Temos vivido durante várias reencarnações, você sabe disso. Não vale dizer que - recorrendo ao Panteísmo como você costuma fazer nos seus textos...

    Cel: - não, Alex; só pareceu q recorri ao panteísmo, porq este afirma o mesmo q o misticismo e a ciência moderna afirmam: tudo é Deus! O panteísmo é apenas uma filosofia, resultante do raciocínio lógico de homens movidos pelo interesse de buscar respostas aos mistérios do mundo e da vida através da observação das coisas do mundo e elucubrações mentais. O q tenho colocado não é fruto de “raciocínio”, mas da experiência/percepção de homens de tradições voltadas à pesquisa dos porquês da vida e à busca Deus, pesquisas que lhes trouxeram muitas respostas e verdades q, somente hoje, séculos ou milênios depois dos místicos, a ciência, com seus sofisticados laboratórios e instrumentos de pesquisa de última geração, está descobrindo.

    Alex: - ... havia apenas Deus, numa unidade indissolúvel e de repente, Deus se manifestou em forma de individualidades. Deus faz isso a todo o momento? Ora, se assim for, então podemos dizer que, após a morte haverá a dissolução dessas individualidades, e isto não é verdade.

    Cel: - amigo, essa unidade continua indissoluvel; só, ilusoriamente, se transforma em diversidade. E esse “processo” se repete sempre e sempre, enquanto se repetir a criação de cérebros e seres. Qto à dissolução de “individualidades” (q, vimos, são ilusórias), tb se processa sempre e sempre pois, cessadas as operações do cérebro (ou do ego), o espirito/alma individual deixa de existir como entidade aparentemente separada.

    Alex: - Mas a pergunta é essa: com que objetivo Deus se manifesta em forma de individualidades e por quê...

    Cel: - Alex, os místicos, mestres, iluminados e a ciência de hoje concordam em q não há objetivos; q tudo está apenas fluindo com o fluir incessante da vida; tudo apenas “é”, sem razões ou porquês. Para o oriental, ou para muitos orientais, isso é facilmente compreensível mas, para o ocidental, não; o ocidental crê, e isso talvez seja resultado de condicionamentos q as culturas, costumes, filosofia, religiões etc lhes impõem q, se algo existe, tem uma razão para existir, q se algo está acontecendo tem uma razão para acontecer ou um objetivo a cumprir. Mas, os místicos fazem a pergunta: “para q (com q objetivo) nasceu aquela bela e perfumosa flor no alto inacessível daquela montanha?”; “para q as águas do mar se esparramam pela praia? É evidente q há um explicável “porquê”, mas haverá um “para quê” para tudo, para tudo q ocorre, para todos os fenômenos? (A literatura mística mostra isso na historieta dos três amigos q vêem um homem no alto da colina... já varias vazes relatada por aqui).

    Alex: -... por quê essas individualidades passam a acreditar que são um "eu", que são "únicas", separadas do Todo?

    Cel: - porq, ao abrirmos os olhos para a vida, vemos o mundo ao nosso derredor; os nossos mais importantes sentidos de relação com o mundo estão situados na cabeça e nos parece q comandamos a nós mesmos de uns dois centimetros atrás do ponto médio da linha q liga as sobrancelhas; parece-nos q ali esta o homenzinho q somos nós mesmos, dali tudo olhando, ouvindo, investigando etc. Assim, para a consciência restrita ao cérebro, estamos, mas sempre ilusoriamente, separados dos demais e do universo.

    Até mais.

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