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    Filosofia Vedanta-Advaita: auto-conhecimento em Nisargadatta Maharaj

    Monstrinho
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    Filosofia Vedanta-Advaita: auto-conhecimento em Nisargadatta Maharaj  Empty Filosofia Vedanta-Advaita: auto-conhecimento em Nisargadatta Maharaj

    Mensagem  Monstrinho Qua Jun 15, 2011 3:10 am


    Pergunta: Quando olho para dentro de mim, encontro sensações e percepções, pensamentos e sentimentos, desejos e medos, memórias e expectativas. Estou imerso nesta nuvem e não consigo ver nada mais.


    Nisargadatta: Aquele que vê tudo isso, e o nada também, é o mestre interno. Apenas ele existe; todo o resto apenas parece existir. Ele é seu próprio ser (swarupa), sua esperança e garantia de liberdade; encontre-o e agarre-se a ele e você será salvo e estará seguro.
    Ver o falso como falso é meditação. Isto deve ser contínuo, o tempo todo.
    Posso falar-lhe sobre mim. Eu era um homem simples, mas confiei em meu Guru. O que ele me disse para fazer, eu fiz. Ele disse que me concentrasse no “Eu sou” – assim o fiz. Ele me disse que eu estou além de tudo o que é perceptível e concebível – eu acreditei. Dei a ele meu coração e minha alma, minha completa atenção e todo meu tempo disponível (eu tinha que trabalhar para manter minha família). Como resultado da fé e esforço dedicado, eu realizei o Ser (swarupa) em três anos.
    Estabeleça-se na consciência de “Eu sou”. Este é o começo e também o fim de todo o esforço.
    Para saber o que você é, você deve primeiro saber e investigar o que você não é. E para saber o que você não é, você deve observar-se cuidadosamente, rejeitando tudo o que necessariamente não combina com o fato básico “Eu sou”.


    Nossa atitude comum é “Eu sou isso”. Separe consistente e perseverantemente o “eu sou” do “isto” e do “aquilo”, e tente sentir o que significa ser, apenas ser, sem ser “isto” ou “aquilo”. Todos os nossos hábitos vão contra isto e a tarefa de lutar contra eles é longa e árdua às vezes, mas o entendimento esclarecido ajuda muito. Quanto mais claramente você entender que no nível da mente você pode ser descrito apenas em termos negativos, mais rapidamente chegará ao fim de sua busca e realizará seu ser ilimitado.


    Pergunta: Como se alcança isto?

    Nisargadatta: A ausência de desejo e de medo o levará lá.


    O Supremo é o mais fácil de se alcançar pois é o seu próprio ser. É suficiente não desejar nem pensar em nada que não o Supremo.
    É a falsidade que é difícil e que é fonte de problemas. Ela sempre quer, espera, exige. Sendo falsa, é vazia, sempre em busca de confirmação e reconfirmação. Tem medo da inquirição e a evita; identifica-se com qualquer apoio, por mais fraco e momentâneo que seja. O que quer que consiga, perde, e pede mais.


    Nisargadatta: Mesmo que eu lhe diga que você é a testemunha, o observador silencioso, isto não significará nada para você a menos que encontre o caminho para seu próprio ser.



    Pergunta: Minha pergunta é: Como encontrar o caminho para o próprio ser?

    Nisargadatta: Desista de todas as perguntas, exceto “Quem sou eu?” Pois, afinal, o único fato do qual você tem certeza é que você é. O “Eu sou” é certo. O “eu sou isto” não é.
    Esforce-se para encontrar o que você é na realidade.
    Lembrar-se de si mesmo é virtude, esquecer de si mesmo é pecado.
    O procedimento correto é aderir ao pensamento de que você é o campo de todo conhecimento, a Consciência imutável e perene de tudo o que acontece aos sentidos e à mente. A ideia “Eu sou apenas a testemunha” purificará o corpo e a mente e abrirá o olho da sabedoria. O homem vai além da ilusão e seu coração se liberta de todos os desejos.
    Por sua própria natureza, o prazer é limitado e transitório. Da dor o desejo nasce, na dor ele busca realização e termina na dor da frustração e do desespero. A dor é o pano de fundo do prazer, toda busca de prazer nasce na dor e termina na dor.

    Discriminar e descartar (viveka-vairagya) são absolutamente necessários. Tudo deve ser examinado cuidadosamente e o desnecessário deve ser impiedosamente destruído.
    Acredite-me, não poderá haver destruição demais. Pois na realidade nada tem valor. Seja apaixonadamente desapaixonado – isto é tudo.
    Quando, através da prática da discriminação e desapego (viveka-vairagya), você perder de vista os estados sensorial e mental, o puro ser emergirá como o estado natural.
    Para conhecer o mundo você se esquece do Ser – para conhecer o Ser, você se esquece do mundo.

    O que é o mundo, afinal? Uma coleção de memórias. Agarre-se ao que importa, segure-se no “Eu sou” e abra mão de todo o resto. Isto é sadhana.
    Esteja plenamente consciente de seu próprio ser e você estará na bem-aventurança conscientemente. É porque você dirige sua mente para fora de si mesmo e fixa naquilo que você não é, que você perde seu senso de bem estar, de estar bem.

    Como sabe, a personalidade é apenas um obstáculo. A auto-identificação com o corpo pode ser boa para uma criança, mas crescer verdadeiramente depende de tirar o corpo do caminho ( ir além do corpo). Normalmente, a pessoa deveria superar em relação aos desejos do corpo cedo na vida. Mesmo o Boghi, que não recusa prazeres, não precisa ansiar por aquilo que ele já experimentou. Hábito, desejo pela repetição, frustra tanto o Yogi quanto o Boghi.
    Existem tantos que tomam o alvorecer pelo meio dia, uma experiência momentânea pela plena realização e destroem até mesmo o pouco que tinham conseguido, por excesso de orgulho. A humildade e o silêncio são essenciais para um sadhaka [buscador], por mais avançado que seja. Apenas um jnani [iluminado] plenamente amadurecido pode permitir-se completa espontaneidade.

    Seja atento, investigue incessantemente. Isto é tudo.
    Com certeza, seja egoísta – da maneira certa. Deseje estar bem, trabalhe no que é bom para você. Destrua tudo o que se coloca entre você e a felicidade. Seja tudo – ame tudo – seja feliz – faça feliz.
    A memória é material – destrutível, perecível, transitória. Sobre tais frágeis fundações construímos um sentido de existência pessoal – vago, intermitente, onírico. Essa vaga persuasão: “Eu sou isto e isto” obscurece o estado imutável da Pura Consciência e nos faz acreditar que nascemos para sofrer e morrer.
    A liberdade para fazer o que se quer é, na realidade, escravidão, enquanto ser livre para fazer o deve, o que é correto, é a real liberdade.

    Tudo o que você tem a fazer é ver o sonho como sonho.
    Seja qual for o nome que dê a isso: vontade, firme propósito, ou mente focada, você retorna à seriedade, sinceridade, honestidade. Quando você é intensamente sério, você faz uso de cada acontecimento, cada segundo de sua vida ao seu propósito. Você não desperdiça tempo e energia em outras coisas. É totalmente dedicado, chame a isto vontade, amor ou total honestidade.

    Encontre o permanente no efêmero, o único fator constante em cada experiência.
    Nada pode bloqueá-lo mais que as concessões, pois elas mostram a falta de seriedade, sem a qual nada pode ser feito.
    Comece desassociando-se de sua mente. Resolutamente lembre-se que você não é a mente e que os problemas dela não são seus.
    Dê sua total atenção ao que é mais importante em sua vida – você mesmo. Do seu universo pessoal, você é o centro – sem conhecer o centro, o que mais você pode conhecer?
    Para ir além da mente, você deve manter sua mente em perfeita ordem. Você não pode deixar uma bagunça para trás e seguir em frente. A confusão vai lhe puxar. “Recolha seu lixo” parece ser uma Lei Universal. E uma lei justa também.
    Apenas lembre-se de você mesmo. “Eu sou” é suficiente para curar sua mente e levá-lo além. Apenas confie um pouco.
    Se quiser conhecer sua verdadeira natureza, deve ter a si mesmo em mente todo o tempo, até que o segredo de seu ser seja revelado.

    IN: Eu Sou o Que?, Nisargadatta Maharaj

    http://mascarasdedeus.blogspot.com/2011/05/filosofia-vedanta-advaita-auto.html#more

    Papa-capim
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    Filosofia Vedanta-Advaita: auto-conhecimento em Nisargadatta Maharaj  Empty Auto-conhecimento - instruções de Nisargadatta Maharaj

    Mensagem  Papa-capim Qua Jun 15, 2011 3:37 am


    Esqueça o "eu" e perceba o "Eu".

    Aprofunde-se na percepção do “Eu Sou” e você encontrará. Como se encontra algo que você ignora ou se esqueceu? Você o mantém em mente até se lembrar. A percepção de ser, do “Eu sou” é a primeira a emergir. Pergunte-se de onde ela vem ou apenas observe-a em silêncio. Quando a mente permanece no “Eu sou”, sem se mover, você entra em um estado que não pode ser verbalizado, mas pode ser experienciado. Tudo o que você precisa fazer é tentar e tentar novamente.

    Eu vejo o que você também poderia ver, aqui e agora, se não fosse o foco errôneo de sua atenção. Você não dá atenção ao Ser. Sua mente está sempre com coisas, pessoas e idéias, nunca com seu Eu. Traga seu Eu para o foco, torne-se consciente de sua própria existência. Veja como você funciona, observe os motivos e resultados de suas ações. Estude a prisão que você, sem querer, construiu ao redor de si mesmo.

    Olhe para seu mundo pessoal e suas muitas contradições. Você quer paz, amor, felicidade e trabalha arduamente para criar dor, ódio e guerra; quer viver muito e se empanturra, quer amizade e explora. Veja seu mundo como composto de tais contradições e remova-as – o seu próprio ver os fará ir embora.

    Como você faz para conseguir algo que muito deseja? Mantendo sua mente e coração naquilo. Deve haver interesse e constante lembrança. Lembrar-se do que precisa ser lembrado é o segredo do sucesso. Você consegue isso através da seriedade de intenção.

    Dê o primeiro passo. Todas as bênçãos vêm de dentro. Volte-se para dentro. O “Eu sou” você conhece. Fique com isto todo o tempo que puder, até que você sempre volte a isso espontaneamente. Não existe caminho mais fácil ou simples.

    Somos escravos daquilo que não conhecemos; do que conhecemos, somos senhores. Quaisquer vícios ou fraquezas em nós que conhecemos, descobrimos e entendemos suas causas e seus mecanismos, nós os superamos pelo próprio saber; o inconsciente se dissolve quando trazido à consciência. A dissolução do inconsciente libera energia; a mente sente-se “em casa” e torna-se quieta.

    Recuse todos os pensamentos, exceto um: o pensamento “Eu sou!”. A mente vai se rebelar no começo mas, com paciência e perseverança, ela vai ceder e permanecer quieta.

    Esteja alerta. Questione, observe, investigue, aprenda tudo o que puder sobre a confusão, como isso opera, o que faz para você e para os outros. Ao ter clareza sobre a confusão você se liberta dela.

    Eliminando os intervalos de desatenção durante as horas de vigília, você vai gradualmente eliminar o longo intervalo de inconsciência que chama de sono. Você, então, estará consciente que está adormecido.

    Desapegue-se de tudo aquilo que deixa sua mente inquieta. Renuncie a tudo o que perturba a sua paz. Se você quer paz, mereça-a.


    D: De que forma eu perturbo a paz?

    M: Ao ser um escravo de seus desejos e medos. Pense clara e profundamente, mergulhe na estrutura de seus desejos e suas ramificações. Eles são uma das partes mais importantes na sua composição mental e emocional e afetam suas ações poderosamente. Lembre-se, você não pode abandonar o que não conhece. Para ir além de si mesmo, você deve conhecer a si mesmo. Você deve se observar continuamente – em particular a sua mente – de momento a momento, sem perder nada. Isso é essencial para a separação do Eu e do não Eu.

    Já que é a Pura Consciência que faz a consciência ser possível, existe Pura Consciência em cada estado de consciência. Portanto, a própria consciência de ser consciente já é um movimento dentro da Pura Consciência. O interesse em seu fluxo de consciência leva-o para Pura Consciência.

    Quando você entende que nomes e formas são coisas vazias sem qualquer conteúdo e o que é real é sem nome e forma – é pura energia de vida e luz da consciência – você está em paz, imerso no profundo silêncio da realidade.

    Realizar o verdadeiro significado da única afirmação que você pode fazer: “ Eu sou”. Apenas mantenha em mente o sentimento “Eu sou”, absorva-se nisso, até que sua mente e sentimento tornem-se um. Perseverando, você vai se deparar com o equilíbrio correto entre atenção e sentimento e sua mente estará firmemente estabelecida no pensamento-sentimento “Eu sou”.

    Comece com trabalho desinteressado, “deixando a Deus” o fruto de suas ações; então poderá cessar os pensamentos e, finalmente, os desejos. Desistir dos pensamentos é o fator operacional. Ou não se importe com as coisas que quer, pensa, faz, e apenas permaneça firme no pensamento e sentimento “Eu sou”, mantendo-o firmemente em sua mente. Todo tipo de experiência pode lhe acontecer – permaneça firme na certeza de que tudo que é perceptível é transitório e apenas o “Eu sou” é permanente.


    D: Quando olho para dentro de mim, encontro sensações e percepções, pensamentos e sentimentos, desejos e medos, memórias e expectativas. Fico mergulhado nessa nuvem e não consigo ver nada mais.

    M: Aquele que vê tudo isso, e o nada também, é o mestre interno. Apenas ele existe; todo o resto apenas parece existir. Ele é seu verdadeiro ser; encontre-o, agarre-se a ele e você estará realizado.


    Ver o falso como falso é meditação. Isto deve ser contínuo, o tempo todo.

    Vou falar-lhe sobre mim. Eu era um homem simples, mas confiei em meu mestre. Ele disse que me concentrasse no “Eu sou” – assim o fiz. Ele me disse que eu estou além de tudo o que é perceptível e concebível – eu acreditei. Dei a ele meu coração, minha completa atenção e todo meu tempo disponível. Como resultado do esforço dedicado, eu realizei o Ser.

    Estabeleça-se na consciência de “Eu sou”. Este é o começo e também o fim de todo o esforço. Para saber o que você é, você deve primeiro saber e investigar o que você não é. E para saber o que você não é, você deve observar-se cuidadosamente, rejeitando tudo o que necessariamente não combina com o fato básico “Eu sou”. Nossa atitude comum é “Eu sou isso”. Separe firmemente o “eu sou” do “isto” e do “aquilo”, e tente sentir o que significa ser, apenas ser, sem ser “isto” ou “aquilo”. Estamos condicionados a pensar que somos “isto” e “aquilo”, e a tarefa de lutar contra isso é, às vezes, longa e árdua, mas o entendimento esclarecido ajuda muito. Quanto mais claramente você entender que no nível da mente você pode ser descrito apenas em termos negativos, mais rapidamente chegará ao fim de sua busca e realizará seu ser ilimitado. Permaneça com o “Eu sou”.


    D: Como conseguir isso?

    M: A ausência de desejo e de medo o levará lá. O Supremo é fácil de alcançar, pois é o seu próprio ser. É suficiente não desejar nem pensar em nada que não o Supremo, Eu sou.


    É erro dizer que isso é difícil e que traz problemas. Ao contrário, sendo erro, essa crença é vazia, e está sempre em busca de confirmação e reconfirmação. Tem medo da inquirição e a evita; identifica-se com qualquer falso dizer que isso é difícil e nocivo. Prende-se a qualquer apoio, por mais fraco e momentâneo que seja. O que quer que consiga, perde, e pede mais.

    Mesmo que eu diga que você é apenas testemunha, um observador silencioso, isto não significará nada para você a menos que encontre o caminho para seu próprio ser.


    D: Como encontrar o caminho para o próprio ser?

    M: Desista de todas as perguntas, exceto “Quem sou eu?” Pois, afinal, o único fato do qual você tem absoluta certeza é que você é. O “Eu sou” é certo. O “eu sou isto” não é. Esforce-se para encontrar o que você é na realidade. Lembrar-se de si mesmo é virtude; esquecer de si mesmo é pecado. O procedimento correto é aderir ao pensamento de que você é o campo de todo conhecimento, a Consciência imutável e perene de tudo o que acontece aos sentidos e à mente. A idéia “Eu sou apenas testemunha” purificará o corpo e a mente e abrirá o olho da sabedoria. Então, o homem vai além da ilusão e seu coração se liberta de todos os desejos.


    Por sua própria natureza, o prazer é limitado e transitório. Da dor (insatisfação) nasce o desejo e a busca de alcançá-lo e tudo termina na dor da frustração e do desespero. A dor é o pano de fundo do prazer; toda busca de prazer nasce na dor e termina na dor.

    Discriminar e descartar são absolutamente necessários. Tudo deve ser examinado cuidadosamente e o desnecessário deve ser impiedosamente destruído.

    Acredite, não haverá destruição em excesso, pois na realidade nada tem valor. Seja apaixonadamente desapaixonado – isto é tudo.

    Quando, através da prática da discriminação e desapego, você perder de vista os estados sensorial e mental, o puro ser emergirá como seu estado natural.

    Por conhecer o mundo, você se esqueceu do Ser – para conhecer o Ser, você tem de se esquecer do mundo. O que é o mundo, afinal? Uma coleção de memórias. Agarre-se ao que importa, segure-se no “Eu sou” e abra mão de todo o resto. Isto é a prática da sabedoria. Esteja plenamente consciente de seu próprio ser e você estará na bem-aventurança conscientemente. É pelo fato de dirigir sua mente para fora de si mesmo e a fixar naquilo que você não é, que você perde sua tranqüilidade e passa a sofrer.

    A individualidade é apenas um obstáculo. A auto-identificação com o corpo pode ser boa para uma criança, mas para a realização você tem de ir além do corpo. Há muitos que tomam uma experiência momentânea pela plena realização e destroem até mesmo o pouco que tinham conseguido, por excesso de orgulho. A humildade e o silêncio são essenciais para um buscador, por mais avançado que seja. Apenas um buscador plenamente amadurecido pode permitir-se completa espontaneidade.

    Seja atento, investigue incessantemente. Isto é tudo.

    Seja egoísta, mas da maneira correta. Deseje estar bem, trabalhe no que é bom para você. Destrua tudo o que se coloca entre você e a felicidade. Seja tudo – ame tudo – seja feliz – faça feliz.

    A memória é material – destrutível, perecível, transitória. Sobre tais frágeis fundações construímos um sentido de existência pessoal, que consideramos real. Essa vaga persuasão: “Eu sou isto e isto” obscurece o estado imutável da Pura Consciência e nos faz acreditar que nascemos para sofrer e morrer.

    Liberdade de fazer o que se quer é, na verdade, escravidão; liberdade para fazer o deve, o que é correto, é a real liberdade.

    Tudo o que você tem a fazer é ver o sonho, o falso, esta vida, como sonho e como falso.

    Se você deseja alguma coisa seriamente, faz uso de cada acontecimento, cada segundo de sua vida para esse propósito. Não desperdiça tempo e energia em outras coisas. É totalmente dedicado, chame a isto vontade, sinceridade, honestidade, atenção, mente focada ou amor. É assim que deve ser a busca.

    Encontre o real e permanente no falso e transitório; o real, o “Eu sou” é o único fator constante em cada experiência.

    Nada pode bloqueá-lo se você mesmo não permitir, pois isso mostra a falta de seriedade, sem a qual nada pode ser feito.

    Comece desassociando-se de sua mente. Resolutamente lembre-se que você não é a mente e que os problemas dela não são seus problemas.

    Dê atenção total ao que é mais importante em sua vida – você mesmo. Você é o centro de seu universo pessoal – se não conhecer esse centro, o que mais você pode conhecer?

    Para ir além da mente, você deve manter sua mente em perfeita ordem. Você não pode deixar uma bagunça para trás e seguir em frente. A confusão vai lhe puxar para trás. “Recolha seu lixo” parece ser uma Lei Universal. E uma lei justa também.

    Apenas lembre-se de você mesmo. “Eu sou” é suficiente para curar sua mente e levá-lo além. Apenas confie um pouco.

    Se quiser conhecer sua verdadeira natureza, deve ter a si mesmo em mente todo o tempo, até que o segredo de seu ser lhe seja revelado .


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