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    O PROCESSO EVOLUTIVO - Estranhezas e reflexões Empty O PROCESSO EVOLUTIVO - Estranhezas e reflexões

    Mensagem  Convidad Qua Set 14, 2011 9:20 am

    ESTRANHEZAS E REFLEXÕES - PROCESSO EVOLUTIVO


    Me perdoe o Excelentíssimo Senhor Adm por este retorno a doutrinas reencanacionistas. A intenção é fazer q, reencarnacionistas, reflitam um pouco.

    Amigos,

    Um amigo escreveu o q cito abaixo, precedido pela palavra “Texto”. Peço aos amigos q reflitam comigo:

    Texto:- Deus concede idênticas possibilidades de evolução para todos os Seus filhos e filhas, sem privilégios ou perseguições. Cabe a cada um aproveitar, ou não, as oportunidades que lhe são concedidas.

    Cel:- amigo, e qual é a razão de nem todos aproveitarmos as oportunidades, se são para nosso bem, para nossa felicidade, ganho de compreensão, de caminhada em direção à Luz?...

    Texto:- Todos são avaliados segundo o bom ou mau uso que fizeram das faculdades ou poderes adquiridos ou concedidos, os quais definem o seu próximo modo de vida.

    Cel:- a questão, aqui, é a mesma anterior... Porq uns fariam bom uso dos poderes e faculdades q lhes foram concedidos, e outros fariam mau uso? Qual é a origem dessa desigualdade tão perigosa e nociva para tantos, pois é o q vemos no mundo? Porq nem todos se comportam igualmente?...

    Texto:- Quando, ao final de um longo ciclo de
    aprendizado, é realizado o exame de seleção da humanidade do planeta, aqueles que não atingiram o grau necessário, repetirão o curso em um outro orbe. Lá, se juntarão a uma humanidade mais atrasada, terão uma nova oportunidade e poderão recuperar rapidamente o terreno perdido.

    Cel:- meu amigo, e porq uns atingiram o grau necessário e outros não? Qual é a causa dessa desigualdade tão grande q faz com q uns regridam a orbes e a humanidades mais atrasadas, com todos os problemas daí decorrentes e outros não?...

    Texto:- Basta que se conscientizem do poder e do conhecimento intuitivo que possuem e os utilizem para ajudar e acelerar a evolução da humanidade nativa do planeta. Porém, se o espírito continuar sua saga de maldades e repetências, tornando-se uma ameaça para a evolução dos demais, estará sujeito à mais severa das aplicações da Lei Divina.

    Cel:- aqui novamente pergunto: porq razão uns continuam a saga de maldades e se tornam ameaças à evolução de outros, se nem todos fazem assim? Será por ignorância? Ou será porq as inumeras influências q, as tb inúmeras experiências/lições q esta escola, do bem e do mal, que é a vida, lhes oferece continuamente, instante a instante, os fazem agir como agem? Ou continuam praticando maldades simplesmente pelo desejo de praticá-las, mesmo sabendo q sofrerão com isso?
    E novamente pergunto: todos, instrutores, textos, msg, poesias, religiões e crenças, constantemente nos aconselham “o que fazer” para isso ou para aquilo (no caso, para nos concientizarmos do poder e conhecimento q possuímos) mas ninguém, sem exceção, diz “o como fazer”. Devem estar todos já cansados de tantos conselhos de q devemos fazer isto e aquilo para q nos tornemos melhores, para q amemos os demais, etc, mas ninguém ensina “como” fazer isso. Será q basta dizer: “a partir de amanhã (ou de agora, ou do mês q vem) vou mudar, vou ser bom, vou amar o proximo” e pronto?! É possivel substituir o desamor, a incompreensão, a ignorancia q existem em nossa natureza (naturais, portanto) por amor, compreensão, sabedoria? Como fazer isso? À força, ou pelo treinar atos de amor ao próximo? E a inteligencia deficiente ainda para compreender q temos de mudar, como transformá-la em uma faculdade q a transforme em inteligencia eficiente? Basta querer? Quem tem a receita para realizar essa mudança, essa transformação íntima? Se nos esforçarmos para isso, praticando atos de amor, de compreensão, de solidariedade, é evidente q o alvo dessa prática, o próximo, se sentirá beneficiado mas, e o praticante? Manifestar amor ao próximo, transformar-se, à força, em um homem caridoso, compreensivo, trará algum ganho/mérito para o praticante, ou será apenas um pseudo-amor, um amor exteriormente manifestado, um amor da “boca para fora”? Se praticamos o bem, porq assim nos aconselham mestres, sábios, filosofias, crenças, regras éticas das religiões, mandamentos, nosso íntimo se transformará para melhor? O desamor se transformará, à força dessas práticas e treinamentos, em amor?
    Qto à inteligencia e à compreensão, nenhum esforço as fará nascer em nós, senão, e talvez, o estudo profundo, a observação da totalidade da vida, a abertura do leque de buscas para outras coisas consideradas como verdades, além daquela em q hoje acreditamos. O problema é, portanto, o “como” fazer! Religiões ou crenças, filosofias, psicologias e ciencias não têm essa fórmula salvadora. O amor, as virtudes não vêm do esforço: vêm da compreensão. E essa compreensão, como vimos, não está nas coisas do mundo, mas além deste, além do espaço-tempo, além do ego q nos ilude.

    Texto:- Esses espíritos terão que aguardar muitas eras para novamente atingir o reino humano, pois reiniciarão o processo evolutivo a partir do reino mineral. Depois de passar pelos reinos vegetal e animal, novamente terão as mesmas oportunidades concedidas igualmente a todos os espíritos individualizados no reino humano.

    Cel:- afinal, tudo isso o quê significa? Punição, sanção ou educação? Certamente muitos responderão: educação! E eu perguntaria (pois vejo q o amigo se referiu, abaixo, ao Criador de infinitos amor e justiça): o aprendizado então é realizado à força de sofrimentos? Para esta escola, do bem e do mal, em q somos, obrigatoriamente, “matriculados”, o Onisciente teria elaborado um plano de ensino no qual o método mais eficiente, preparado para todos, sem exceção, é obrigatoriamente, o sofrimento, muitos deles torturantes e insuportáveis, inenarráveis, como vemos no mundo? Deus será como um verdugo q, empunhando um chicote, nos faz, à força de chicotadas (sofrimentos) avançar pelo caminho da evolução, senão ficaríamos estagnados?!

    Texto:-Essa é a chamada “segunda morte no inferno de fumo e enxofre” e, mesmo assim, não representa uma condenação eterna. Deus, o Pai Celestial, sempre dá mais uma oportunidade aos Seus filhos e filhas, mesmo aos mais rebeldes.

    Cel: aqui o amigo me permita outra pergunta: porq uns são tão rebeldes e outros não? Aqueles q são rebeldes, eles tem culpa ou respónsabilidade por serem rebeldes? Eles mesmos colocaram em si mesmos, em sua natureza, em seu íntimo, por livre vontade e escolha própria, a rebeldia como obstáculo ao seu progresso e mesmo conhecendo as terríveis consequencias desse defeito?

    Meu amigo, me perdo a colocação de tantas perguntas a respeito das desigualdaes. Eu as coloco porq é, exatamente, por serem desiguais q os homens/espiritos praticam ações tão desiguais (às vezes gigantescamente desiguais) pois, por serem desiguais, uns são bons, caridosos, solidarios, humildes, inteligentes, desejosos de praticar ações nobres e de amor e, outros, são maus, egoistas, orgulhosos, imbecis, cheios de desejos baixos e de ódio. E tudo isso traz sofrimentos tb desiguais, faz q uns sofram muito mais do q os outros. Este assunto é de extrema importancia para todos, pois a luta eterna e incessante de todos os homens, sem exceção de nenhum, desde o mais virtuoso ao mais vicioso e perverso, mesmo q reveladas por ações no sentido do bem, qto no sentido do mal, tem como objetivo fugir dos sofrimentos e conquistar a felicidade. Essa é, afinal, toda a luta de todos os homens: ser mais feliz. No entanto, as desigualdades são a causa de tanta infelicidade, de tantos sofrimentos desiguais, para uns, em menor número e de pouca intensidade; para outros, numerosos, atrozes e intensos. Afinal, a questão definitiva é esta: de onde vêm, ou o q produz a desigualdade entre as criaturas de Deus?

    Um abraço.
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    O PROCESSO EVOLUTIVO - Estranhezas e reflexões Empty Re: O PROCESSO EVOLUTIVO - Estranhezas e reflexões

    Mensagem  Admin Sex Set 23, 2011 7:59 pm

    Coronel_ escreveu:ESTRANHEZAS E REFLEXÕES - PROCESSO EVOLUTIVO


    Me perdoe o Excelentíssimo Senhor Adm por este retorno a doutrinas reencanacionistas. A intenção é fazer q, reencarnacionistas, reflitam um pouco.

    Como é bom ser administrador! Very Happy Quando faço o meu login aqui, há opção de editar e excluir não só as minhas, mas todas as mensagens que eu quiser! Twisted Evil Há mais: há um botão chamado "excluir fórum"... Shocked

    Mas não precisa me chamar de "excelentíssimo", pois o Admin aqui é apenas um ego como outro qualquer por aqui.

    Mas, vamos ao que interessa. Já conheço de longa data essas suas questões, e proponho que, tentemos respondê-las, afinal a dialética do "cito vc", embora tenha como fito a reflexão de outrem, muitas vezes - penso eu - ela não alcança, não atinge certos entendimentos àqueles a quem é destinada.

    Coronel_ escreveu:ESTRANHEZAS E REFLEXÕES - PROCESSO EVOLUTIVO

    Texto:- Quando, ao final de um longo ciclo de
    aprendizado, é realizado o exame de seleção da humanidade do planeta, aqueles que não atingiram o grau necessário, repetirão o curso em um outro orbe. Lá, se juntarão a uma humanidade mais atrasada, terão uma nova oportunidade e poderão recuperar rapidamente o terreno perdido.

    Cel:- meu amigo, e porq uns atingiram o grau necessário e outros não? Qual é a causa dessa desigualdade tão grande q faz com q uns regridam a orbes e a humanidades mais atrasadas, com todos os problemas daí decorrentes e outros não?...

    É a própria "desigualdade" dos Espíritos que gera as desigualdades no mundo material, que por sua vez, gerará outras desigualdades para esses mesmos Espíritos. Falo da desigualdade intelecto-moral (do ponto de vista material mesmo), pois esta desigualdade é que fará com que uns sejam mais espertos que outros, que acumulem capital às expensas de outrem, que roubem, que mintam, e muitas vezes em nome da "honestidade", do "dever cumprido", uma vez que, "baseados na Lei", muitos dela se beneficiam. Mas vamos em frente, pois há muita coisa aí colocada para reflexão.

    Coronel_ escreveu:ESTRANHEZAS E REFLEXÕES - PROCESSO EVOLUTIVO


    Texto:- Basta que se conscientizem do poder e do conhecimento intuitivo que possuem e os utilizem para ajudar e acelerar a evolução da humanidade nativa do planeta. Porém, se o espírito continuar sua saga de maldades e repetências, tornando-se uma ameaça para a evolução dos demais, estará sujeito à mais severa das aplicações da Lei Divina.

    Cel:- aqui novamente pergunto: porq razão uns continuam a saga de maldades e se tornam ameaças à evolução de outros, se nem todos fazem assim? Será por ignorância? Ou será porq as inumeras influências q, as tb inúmeras experiências/lições q esta escola, do bem e do mal, que é a vida, lhes oferece continuamente, instante a instante, os fazem agir como agem? Ou continuam praticando maldades simplesmente pelo desejo de praticá-las, mesmo sabendo q sofrerão com isso?
    E novamente pergunto: todos, instrutores, textos, msg, poesias, religiões e crenças, constantemente nos aconselham “o que fazer” para isso ou para aquilo (no caso, para nos concientizarmos do poder e conhecimento q possuímos) mas ninguém, sem exceção, diz “o como fazer”. Devem estar todos já cansados de tantos conselhos de q devemos fazer isto e aquilo para q nos tornemos melhores, para q amemos os demais, etc, mas ninguém ensina “como” fazer isso. Será q basta dizer: “a partir de amanhã (ou de agora, ou do mês q vem) vou mudar, vou ser bom, vou amar o proximo” e pronto?! É possivel substituir o desamor, a incompreensão, a ignorancia q existem em nossa natureza (naturais, portanto) por amor, compreensão, sabedoria? Como fazer isso? À força, ou pelo treinar atos de amor ao próximo? E a inteligencia deficiente ainda para compreender q temos de mudar, como transformá-la em uma faculdade q a transforme em inteligencia eficiente? Basta querer? Quem tem a receita para realizar essa mudança, essa transformação íntima? Se nos esforçarmos para isso, praticando atos de amor, de compreensão, de solidariedade, é evidente q o alvo dessa prática, o próximo, se sentirá beneficiado mas, e o praticante? Manifestar amor ao próximo, transformar-se, à força, em um homem caridoso, compreensivo, trará algum ganho/mérito para o praticante, ou será apenas um pseudo-amor, um amor exteriormente manifestado, um amor da “boca para fora”? Se praticamos o bem, porq assim nos aconselham mestres, sábios, filosofias, crenças, regras éticas das religiões, mandamentos, nosso íntimo se transformará para melhor? O desamor se transformará, à força dessas práticas e treinamentos, em amor?
    Qto à inteligencia e à compreensão, nenhum esforço as fará nascer em nós, senão, e talvez, o estudo profundo, a observação da totalidade da vida, a abertura do leque de buscas para outras coisas consideradas como verdades, além daquela em q hoje acreditamos. O problema é, portanto, o “como” fazer! Religiões ou crenças, filosofias, psicologias e ciencias não têm essa fórmula salvadora. O amor, as virtudes não vêm do esforço: vêm da compreensão. E essa compreensão, como vimos, não está nas coisas do mundo, mas além deste, além do espaço-tempo, além do ego q nos ilude
    .

    Por causa da escolha das provas. Mas sei que você argumentará: "E por que uns escolhem esta, e outros aquela prova? Por que o Espírito considera que esta, e não aquela prova, poderá ser benéfica a ele. Enquanto uns acham que a prova da riqueza poderá lhes transformar em instrumento para alavancar a evolução do planeta, outros escolhem a prova da miséria, achando que, com isso, não viverão a ilusão de acreditarem que são ricos e importantes, e assim, terão maiores chances de suplantar ou, na pior das hipóteses, "arrochar" o ego.

    Pois é, ninguém explica "como" fazer. E eu mesmo fiz muitas vezes essa pergunta numa lista de Espiritismo que tinha outrora na internet. Na maioria das vezes, ninguém responde essa questão a contento.

    "Basta querer"? - Pergunta você. Aqui repito: o ser humano quer uma coisa, mas o Espírito quer outra. O ser humano quer a felicidade material, Mas o Espírito desdenha essa felicidade. Como aprendemos em Allan Kardec, as faculdades do Espírito estão obscurecidas pela matéria grosseira, o que faz com que ele, o Espírito, uma vez encarnado, enxergue as coisas apenas no terra-a-terra: ele não tem um ponto de referência para (re) auscultar a sua própria origem e a sua própria natureza.

    E, ainda que os conceitos humanos-morais sobre o agir corretamente sejam questionáveis, há padrões de conduta moral formulados pelo próprio Buda, como o "pensar corretamente", "agir corretamente", "falar corretamente" (não tagarelar), que estão expostos lá no "Caminho Óctuplo", que não me lembro agora todos os ítens de memória, assim como, no Bhagavad-Gita, encontramos Sri Krishna descrevendo regras de conduta para se atingir a natureza divina, são elas:

    Destemor; purificação da própria existência; cultivo de conhecimento espiritual; caridade; auto-controle; execução de sacrifícios (1); estudo dos Vedas (2); austeridade; simplicidade; não violência; veracidade; estar livre da ira; renúncia; tranqüilidade; não gostar de achar defeitos; compaixão para com todas as entidades vivas; estar livre de cobiça; gentileza; modéstia; firme determinação; vigor; clemência; fortaleza; limpeza e estar livre da inveja e da paixão pela honra. Estas qualidades transcendentais, ó filho de Bharata, existem nos homens piedosos dotados de natureza divina (Grifo meu; Bhagavad-Gita, cap. 16).

    (1) Para a mentalidade da época é claro. (2) Dentro da tradição em que foi escrito o Gita.


    A humanidade então, hauriu essas normas de conduta moral nos livros sagrados, como a Bíblia, os Vedas, o Alcorão, mas com o tempo, essas normas foram sendo amoldadas com os interesses sociais, e vemos isto acontecer no Cristianismo, como denuncia Nietzsche, fazendo com que os homens neguem os instintos, ao construírem conceitos abstratos no além, como alma, espírito puro, bem-aventurança no além, etc. Mas a questão é: os religiosos negam mesmo os instintos? O que Nietzsche nos mostra é que, os que seguem à risca as determinações religiosas, logo entram em "colapso psicológico", ao ver que, os que se entregam aos instintos zombam das suas práticas e observações dos códigos morais, contidos em tais "escrituras históricas", e é então que surge o ódio ressentido, em que, os religiosos que seguem à risca as normas religiosas, passarão a acusar os que não o fazem de ímpios, sórdidos, pecadores e demoníacos.

    Então a questão se resume em que, como observa Nietzsche, "os virtuosos querem ser recompensados". E esse é o problema da "caridade voltada para fora". Vamos em frente que há mais coisas aí colocadas no seu texto.

    Coronel_ escreveu:ESTRANHEZAS E REFLEXÕES - PROCESSO EVOLUTIVO


    Texto:- Esses espíritos terão que aguardar muitas eras para novamente atingir o reino humano, pois reiniciarão o processo evolutivo a partir do reino mineral. Depois de passar pelos reinos vegetal e animal, novamente terão as mesmas oportunidades concedidas igualmente a todos os espíritos individualizados no reino humano.

    Cel:- afinal, tudo isso o quê significa? Punição, sanção ou educação? Certamente muitos responderão: educação! E eu perguntaria (pois vejo q o amigo se referiu, abaixo, ao Criador de infinitos amor e justiça): o aprendizado então é realizado à força de sofrimentos? Para esta escola, do bem e do mal, em q somos, obrigatoriamente, “matriculados”, o Onisciente teria elaborado um plano de ensino no qual o método mais eficiente, preparado para todos, sem exceção, é obrigatoriamente, o sofrimento, muitos deles torturantes e insuportáveis, inenarráveis, como vemos no mundo? Deus será como um verdugo q, empunhando um chicote, nos faz, à força de chicotadas (sofrimentos) avançar pelo caminho da evolução, senão ficaríamos estagnados?!

    Só uma sugestão: depois de tantos "citos vc", talvez não seria o momento de procurar ensinar algo de forma mais clara? Sei que você não quer dar nada de bandeja, como já me disse reservadamente.

    Todavia, estas pessoas estão condicionadas - quais nós fomos um dia - a pensarem do modo como as religiões as ensinaram a pensar.

    Eu posso adiantar aqui que, como diz o Buda, é a busca do prazer que gera todas as dores. E isso não é um discurso. Podemos testar na prática: sempre que voltamos a (re) correr atrás de antigo sonho, de ter isso ou aquilo, de encontrar a mulher perfeita (ou o homem perfeito), de esperar que as pessoas que amamos também nos amem de maneira recíproca, podem observar, que a inquietação logo aparece, bem como perturbações mentais como ansiedade, medo e etc.

    Nada é fácil: se os que estão iludidos estão cegos a tudo o que diga respeito a sua origem divina, os que estão mergulhados em problemas que lhes fazem questionar essas ilusões, também não vêem a hora de se pôr um termo em certas conjunturas em que não se vê um fim iminente.

    Reparem, que apesar se sermos todos versados em "vida após a morte", "situação do Espírito após a morte" - e falamos de tal modo como se já soubéssemos exatamente o que irá acontecer após a morte (os melhores espíritas se enganaram redondadamente em relação a isto, quando morreram) - na verdade ninguém sabe como será a vida depois da morte. Então, como diz o Osho, a clareira que a sociedade te abre na mente - essa grande e desconhecida floresta -, esta clareira que não é outra coisa senão o ego, é pelo menos um local seguro, para o Espírito encarnado: ali alguém deu uma identidade a ele; ele é feio ou é bonito, é bom naquilo que faz, é pobre, mas está contente com a vida que leva, é mal quisto pelos familiares, mas julga que é melhor assim do que não ter ninguém, é um homem poderoso, é isso ou é aquilo, ao passo que, se se retira essa pseudo-identidade, essa identidade fictícia, o indivíduo fica com o que? Fica com a difícil tarefa de "criar" ou demandar uma outra identidade. Mas que identidade seria essa, se ela é precisamente o desconhecido, se ela é precisamente o sair da clareira (o ego) e demandar a imensa e escura floresta do Self?

    Então a coisa é complicada. A coisa está mais fácil para aqueles cujas portas do mundo se encontram todas fechadas, mas àqueles cujas mesmas portas se encontram abertas (a porta larga, como se referiu o Cristo), tão pouco estão interessados nas questões espirituais, uma vez que, tendo uma identidade prestigiada na Terra, de que lhes serve o conhecimento do EU SUPERIOR ou da vida após a morte?

    O Espírito pois, faz as suas escolhas antes de reencarnar. Erro é pensar que ele faz escolhas uma vez reencarnado. Vamos em frente...

    Coronel_ escreveu:ESTRANHEZAS E REFLEXÕES - PROCESSO EVOLUTIVO

    Texto:-Essa é a chamada “segunda morte no inferno de fumo e enxofre” e, mesmo assim, não representa uma condenação eterna. Deus, o Pai Celestial, sempre dá mais uma oportunidade aos Seus filhos e filhas, mesmo aos mais rebeldes.

    Cel: aqui o amigo me permita outra pergunta: porq uns são tão rebeldes e outros não? Aqueles q são rebeldes, eles tem culpa ou respónsabilidade por serem rebeldes? Eles mesmos colocaram em si mesmos, em sua natureza, em seu íntimo, por livre vontade e escolha própria, a rebeldia como obstáculo ao seu progresso e mesmo conhecendo as terríveis consequencias desse defeito?


    Essa questão da "segunda morte" é algo que eu prefiro não discutir, embora saibamos que se trata de Espíritos que se situam num alto grau de ilusão.

    Por que? Sei que foi a "escola da vida" que os ensinaram a ser assim. Contudo, do mesmo modo, há de se esperar que essa mesma escola da vida os ensinem a ser "não-rebeldes" não lhe parece lógica essa conclusão?

    Os banimentos de mundos felizes são plenamente aceitáveis e lógicos, haja vista que o Universo está povoado de mundos, desde os mais grosseiros aos mais sutis.

    Um mundo de desigualdades como o nosso, mesmo que haja um terço de uma humanidade já regenerada, esse mundo oferece ensejo e condições para que os demais dois terços continuem produzindo perturbações e devastações por toda parte. É o Espírito que escolhe ou não ser excluído de um mundo para outro? Não sei. Inobstante, parece óbvio que, se uma leva de Espíritos não consegue aquilatar as nuances psicológicas que caracterizam um novo modo de vida, um novo padrão de valores sócio-morais, então esses Espíritos estão des-sintonizados com esses novos padrões, logo, são atraídos para mundos que estão em afinidades com o seu padrão moral de convivência. Continuemos...

    E enfim:

    Coronel_ escreveu:ESTRANHEZAS E REFLEXÕES - PROCESSO EVOLUTIVO

    [...]as desigualdades são a causa de tanta infelicidade, de tantos sofrimentos desiguais, para uns, em menor número e de pouca intensidade; para outros, numerosos, atrozes e intensos. Afinal, a questão definitiva é esta: de onde vêm, ou o q produz a desigualdade entre as criaturas de Deus?


    Um abraço.

    "Da escola da vida", responderá você... Todavia, você mesmo responde aqui: "as desigualdades".

    As ilusões produzem as desigualdades. Elas criam as desigualdades. Bem, num mundo material como a Terra, a própria condição material do planeta é que produz as desigualdades. Nós não formamos o mundo social: quando nascemos, já o encontramos pronto, com as suas regras de convivências, leis, costumes, normas, condicionamentos, preceitos, conceitos, pré-conceitos.

    A própria condição material do mundo é pois, que produz as desigualdades. Se eu nasço num corpo de sexo masculino, acredito que sou homem, pois a própria natureza do corpo, com a libido e tudo mais, faz com que, malgrado minha vontade, eu me sinta atraído quando vejo uma fêmea da minha espécie. E eu não digo - mesmo sendo espiritualista: "Eu não vou sentir desejo por ela". Mas, instintivamente, a minha libido me excita, e então eu procuro uma mulher para ter relações sexuais com ela.

    Além da libido me forçar a isto, a nossa mente está naturalmente no mundo, condicionada a ter paixões. E então, não é só a libido que me força a me unir a uma mulher, mas a paixão instintiva que me faz me enamorar por ela, e me sentir atraído pelos seus encantos femininos, faz-me procurá-la e unir-me a ela. Seguido a isso, vem o instinto de ser pai, de ter filhos, de procriar, que não é exatamente uma coisa que eu decido.

    Outros exemplos (mas aqui já vamos partindo para os condicionamentos sociais, que já não são naturais, mas são criados socialmente): eu nasci numa família abastada, fui bem educado socialmente, e agora sou adulto, e minha condição social, exige de mim - ou me coloca facilmente essa conjuntura no meu caminho - que eu me torne agora um empresário bem sucedido, ou um político, um grande intelectual, uma sumidade. Não escolhi ser assim, mas esta condição faz com eu me sinta feliz e assim, agirei conforme manda as normas e costumes familiares e sociais, sem questionar a sociedade.

    E se eu nasço pobre e maltratado na minha infância, muito provavelmente, quando jovem ou adulto, tornarei-me adepto de doutrinas religiosas e de igualdade social, de psicologias e espiritualismos para explicar porque tudo aconteceu como aconteceu comigo, daquela maneira, e, mais que isso, criarei um discuso para explicar e criticar os que são avarentos, prepotentes, orgulhosos e egoístas.

    Pode ser que, no primeiro caso, eu me torne um sexólatra. No segundo, um bom ou mau pai de família, bom ou mau esposo (a).

    No terceiro caso, poderei me tornar um rico/político/intelectual voltado para o desenvolvimento social, ou então, voltado para finalidades e práticas que me levarão a me tornar mais rico, mais poderoso e mais inteligente.

    E no último caso, enfim, me tornarei alguém pacificado com o mundo, ou me tornarei um bandido, ou um criminoso comum.

    Dizem, as religiões e os religiosos, que, as escolhas entre ser bom ou mau pai/esposo; rico generoso ou avarento; político honesto ou corrupto; intelectual produtivo ou medíocre e finalmente, bandido ou pessoa humilde, são feitas de acordo com as nossas paixões, como orgulho, ódio, ambição, revolta, "amor", diligência e etc.

    O Coronel, contudo, parece nos dizer que essas paixões em nada influenciam a nossa maneira de ser em todas essas circunstâncias. O que influenciaria então?

    Minha resposta já está colocada acima: a sociedade faz de nós o que nós somos; a natureza humana, a matéria e a própria condição do planeta, nos torna humanos

    Penso que, chega a hora de cada um. Não escolhi de antemão criar este fórum, e também não escolhi ter a profissão que tenho.

    A Vontade de Potência, em Nietzsche, é uma faca de dois gumes: do ponto de vista psicológico, ela nos mostra o grande potencial psicológico/espiritual que há dentro de cada um de nós, mas esse mesmo potencial, numa conjuntura de ilusão - reunindo, riqueza, beleza física e equilíbrio espiritual - pode trazer benefícios para as coletividades, mas para o próprio Espírito, pode vir fazer ele acreditar que tem realmente aquele potencial, quando o que existe na verdade é um conjunto de fatores sociais que fazem com que ele se torne aquilo, e num caso extremo, pode levar o indivíduo ou vários indivíduos a se arrogarem o poderio universal - regimes fascistas, erroneamente erigidos, em nome da Vontade de Potência.

    O que posso dizer, para finalizar é que, necessitamos de moralidade para conter nossos instintos agressivos, mas quando essa moralidade se torna uma casca, um envoltório para nos adequarmos positivamente aos quadros da moralidade social viciada, aí ela se torna perniciosa.

    Recorramos à meditação diária, à atenção para saber quem somos!

    Todos os nossos pensamentos e sentimentos são subjetivos, e é fácil constatar isso: é quando, por exemplo, você está com raiva daquela pessoa que te puxou o tapete, e então, o ego constrói mil estória explicando o que aconteceu, e não raro, nós tomamos aquilo como verdade. Mas quantas vezes, estamos num estado de felicidade que tais estórias contadas outrora, são totalmente destituídas de lógica, a ponto de dizermos, "ah, aquilo tudo já passou"? É aí que "pegamos o ego em flagrante", em que descobrimos suas mentiras.

    Mas isto só pode ser descoberto pela meditação. E daí, vemos que esse mundo interno, esse mundo de sentimentos e pensamentos é subjetivo, ou seja, não é real, e ilusão é acreditá-lo como realidade.

    Bom, são esses os comentários que eu queria fazer, embora não tenha o objetivo de convencer ninguém, mercê da argumentação acima, de que, somos o que somos porque a vida nos fez assim, e a quem interessa mudar? A quem interessa...

    Abçs,

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    Azuramaya


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    O PROCESSO EVOLUTIVO - Estranhezas e reflexões Empty Re: O PROCESSO EVOLUTIVO - Estranhezas e reflexões

    Mensagem  Azuramaya Dom Set 25, 2011 9:15 pm

    Com medo de, depois de tantas letras, me perder ao invés de me encontrar, não mergulhei na leitura.
    Só uma nota:

    Um Universo previsível teria alguma graça?

    Entrar na empresa para ser promovido no primeiro dia a Presidente?
    Sair da faculdade como Einstein, reconhecido de ante-mão?
    Ir aprender piano e no primeiro dia executar a "Sonata em Si menor" de Liszt como um Arcadhi Volodos?
    Chegar na escola de canto e na primeira aula cantar melhor do que o Pavarotti?
    Resolver ser um milionário depois de ter nascido pobre e no primeiro mês de atividade empresarial ter uma fortuna maior do que a do Bill Gates?
    Tentar ser um galã de Hollywood e "namorar", no primeiro dia de aparição, a Rita Hayworth, Ava Garner e a Paulette Godard?
    Ir fazer um Cooper e percorrer os 42 km da maratona em uma hora e meia no primeiro dia?
    Pensar em prolongar a vida com alimentação macrobiótica e se tornar um "Highlander" como no filme do mesmo nome?
    Resolver ser um cara normal e depois de um mês de serviço juntar dinheiro para comprar uma Bugatti Veyron, um carro absolutamente trivial?
    Achar que poderia ter o pênis maior, estando infeliz com seus 29 cm e depois de uma semana de exercícios, a partir de um desses métodos miraculosos que aparecem em sites sexo-pornográficos, conseguir dobrar seu tamanho?
    Se sentir meio desiludido com a vida e resolver mudar todos seus hábitos, quando no dia seguinte consegue torna-se em DEUS sem ter investido muita energia?

    Quanta modéstia...rsrsrs!

    A razão das dificuldades, vicissitudes, limitações, infortúnios e todas as forças contrárias aos nossos interesses é simplesmente a de torná-los valiosos.
    O que vale não é o que é bom, mas o que é raro, coisa que o homem não percebe por achar que a vida é boa a partir da teoria da inveja ou a suposição da não experimentação.


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