Máscaras de Deus

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    SE VOCÊ MEDITAR... continuação.......

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    coronel


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    Mensagem  coronel Sáb Jan 05, 2013 8:01 pm


    (2) SE VOCÊ MEDITAR......Continuação....

    ... outras, estamos ao capricho de sortilégios, velas e rezas, que podem trazer às vezes benefícios, às vezes malefícios.

    - Somos impotentes. O porquê da vida e do sofrimento.
    Observem tudo friamente, e verão que todos somos impotentes porque nada ou quase nada podemos fazer... Nem mesmo sabemos o porquê da vida, quem somos nós, porque estamos aqui, porque sofremos, o que é tudo isto que aí está!

    - Os relacionamentos entre os seres humanos.
    Somos também impotentes para administrar as difíceis questões dos relacionamentos entre nós mesmos. Daí vem toda espécie de conflitos, dos mais simples, entre amigos e familiares, até os que dão origem às guerras entre nações, muitas delas sob o pretexto de “defender” o Deus desconhecido, as guerras santas, tão evocadas na atualidade (como se o Criador necessitasse de ser defendido de sua criatura, por sua criatura).

    - A psique.
    Nós, também, somos incapazes de entender os fenômenos mais simples da vida q existem em nós. Desconhecemos o que ocorre dentro de nós mesmos; principalmente, os fenômenos relativos à psique, a área subjetiva, psicológica, a consciência que sempre foi deixada em segundo plano pelos cientistas, mas que, hoje, a ciência moderna está tentando colocar no lugar de máximo destaque que lhe cabe neste universo sem fim.

    - O que somos realmente.
    No entanto, por uma análise mais profunda, podemos vir a compreender nós não somos esse ser fraco, ignorante e insano, corrupto e insalubre que aparentamos ser; não somos esse ser cheio de defeitos morais, pecador, tão fraco que, por si só, não consegue se libertar de suas imperfeições e pecados, como afirmam as religiões populares.
    Os conceitos negativos, que as religiões populares fazem acerca do homem, já estão, há séculos, na cultura dos povos, em particular dos povos do Ocidente (por isso, os sábios dizem que a cultura ocidental é prostituta). Daí vem essa nossa visão errada de que “o homem nada pode fazer sozinho”, e, por isso, os ocidentais, em geral, estão convencidos de que devem se sujeitar a intermediários, como “santos”, padres, sacerdotes, espíritos amigos ou benfeitores, das diferentes seitas e crenças, para tentar conseguir algum alívio, embora, nunca definitivo, para os seus problemas fisiológicos, psicológicos ou existenciais.

    - Lições esquecidas: “Buscai em primeiro lugar...”
    Esquecemos as palavras daquele sábio que deu origem a religiões. Ele afirmou que todos esses problemas podem ter solução. Quando Jesus disse “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus, que o demais vos virá por acréscimo”, nós não percebemos a profundidade de suas palavras. E, parece, nem as igrejas cristãs deram a elas a ênfase que deveriam dar. A primeira coisa que devemos fazer, a mais importante, conforme as palavras desse sábio, é buscar o reino de Deus.
    E “o demais virá por acréscimo” Só pode significar que, encontrado o “reino”, não precisaremos de mais nada; que já teremos tudo aquilo de que necessitamos. Jesus não seria um irresponsável a fazer afirmações falsas. Ele deve ter falado por experiência própria, convencido de que sua afirmação era uma verdade absoluta, a mesma verdade que, há milênios, é ensinada pelos místicos orientais e ocidentais. Jesus deve ter encontrado o “reino” e, com isso, percebeu que estava completo, pleno.

    - ”Eu e o Pai somos um”.
    Jesus, então, percebeu e afirmou “eu e o Pai somos um”. Essa percepção o levou a compreender q nós continuávamos mergulhados na ignorância, praticando toda espécie de erros e, por isso, sofrendo, enquanto não tivéssemos, também, o conhecimento que ele agora possuía: o conhecimento da verdade que liberta.
    Então, compreendeu que não existe a morte; que o sofrimento do homem pode ter fim; que o que rege o universo é, sem dúvida, o amor, embora, em face do sofrimento e violência que existem em todos os níveis da vida, a gente não consiga ainda compreender o significado desta afirmação.
    Com esse conhecimento, Jesus se sentiu completamente livre. Mas, também viu que a humanidade continuava completamente presa na ignorância, porque os homens ainda não tinham o conhecimento que ele havia conquistado. Sentiu, então, enorme compaixão pela condição miserável do ser humano. Por isso, como outros que tiveram a mesma experiência, não ficou calado e enfrentou até a morte para tentar fazer que os demais conhecessem a verdade.

    - O cristianismo primitivo. Fatos x Ensinamentos.
    No entanto, no correr dos séculos, interpretações erradas ou seleção indevida dos ensinamentos de Jesus, fizeram com que suas lições chegassem, aos homens, de maneira deturpada. Tanto isso é verdade que ministros cristãos chegaram a afirmar que “pelo cristianismo de hoje, ninguém chega a Deus”; que “a igreja cristã falhou, por estar fazendo a humanidade ocidental caminhar contra um muro, sem conseguir dar um passo na direção da salvação”. E, o mais grave: que a igreja se preocupa mais em levar aos fiéis “os fatos da história da vida de Jesus”, em vez de lhes levar aquilo que é muito mais importante: “os seus ensinamentos”.
    Vejam se isto não é uma verdade: Enquanto Jesus, como se vê nos evangelhos, ensinou sobre o reino de Deus, as igrejas cristãs ensinam sobre a vida de Jesus. As igrejas passaram a contar a história da vida de Jesus, a ensinar a adorar, a dar glórias, a fazer-lhe culto e pedidos quando, o importante, é transmitir, aos homens, seus ensinamentos.

    - Percepção direta. Carl G. Jung.
    Pesquisadores cristãos afirmam que “o que falta, no cristianismo de hoje, é o conhecimento de que podemos ir além da teoria e da doutrina; que podemos passar para, vejam bem, “percepção direta”; podemos perceber, diretamente, aquilo de que a doutrina fala: a percepção de Deus. Esse conhecimento existia no cristianismo dos primeiros séculos, mas a igreja cristã se esqueceu de divulgar.
    Jung, o famoso psicoterapeuta, disse que essa “é a experiência mais importante e sublime na vida do ser humano”. E atenção a estas outras palavras de Jung:
    “O fato, que tenho comprovado numerosas vezes, em meu consultório, é que a experiência de Deus é a verdadeira terapia e, na medida em que as pessoas por ela passam, se afastam da maldição da patologia”.
    Portanto, quanto mais próximos estamos de “sentir” Deus, mais longe estamos das doenças do corpo e da mente.

    - A verdade que liberta.
    Pois bem, ao conhecer a verdade de que era “um com o Pai”, Jesus se sentiu completamente liberto, tanto que ele nos deixou a conhecida afirmação “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”. Essas palavras, também, não são tratadas com a ênfase necessária e, talvez, nem mesmo sejam explicadas pelas igrejas cristãs. E Jesus compreendeu que a humanidade continuaria presa à ignorância e ao sofrimento porque ainda não conhecia essa verdade.

    - Problemas existenciais. Necessidades prementes. Mentalidade.
    Tentou, então, ensinar que o que nos liberta da escuridão é o conhecimento da verdade. Mas parece que esse ensinamento não foi compreendido pelos homens. Em parte, devido aos problemas que nos mantêm mergulhados nas questões da sobrevivência; em parte, porque aqueles que tentaram divulgar a verdade que Jesus, como outros iluminados, conhecera, tiveram que adaptá-la à cultura da época, à mentalidade do povo, que então, como hoje ou mais do que hoje, devia ser mais voltada para as questões do dia-a-dia, para as questões materiais da sobrevivência.
    A recomendação de “buscar em primeiro lugar o reino de Deus” ou não foi compreendida ou foi esquecida, e nós continuamos a buscar, em primeiro lugar, a satisfação de nossas necessidades existenciais, o modo mais fácil de resolver os problemas, para nós mais importantes e urgentes, de segurança material, poder, prestígio... Observem se isso não é um fato.

    - Outra afirmação esquecida: “O reino de Deus está dentro de vós”.
    Do mesmo modo, também, foi esquecido o significado desta outra afirmação de Jesus que diz que “o reino de Deus já está dentro de nós”. Seriam afirmações levianas? Será que aquele iluminado, cuja herança, as religiões cristãs, domina até hoje todos os povos do Ocidente, teria feito afirmações tão sérias, sem base?

    - Confiamos em Jesus?
    As religiões cristãs, as que se “baseiam” nas palavras de Jesus, dominam, até hoje, todo o Ocidente. Isso parece ser sinal de que os chamados “cristãos” confiam nas palavras desse iluminado. Mas, observando friamente, vamos ver que não é assim. Os fatos mostram que os ocidentais, talvez com não muitas exceções, não acreditam, não confiam e não têm fé naquilo que Jesus ensinou. Prova disso é que, se confiassem de verdade, estariam seguindo fielmente seus ensinamentos. Mas, como podemos ver claramente, em geral não é isso o que acontece. Basta observar e analisar, sem preconceito, aquilo que está acontecendo, no dia-a-dia, em torno de nós.
    Confiar em Jesus não é ajoelhar-se a seus pés, lhe dar graças, nem glorificá-lo ou adorá-lo, rezar, fazer promessas e sacrifícios, pedir-lhe perdão, pedir-lhe auxílio, nem conhecer ou obedecer aos preceitos de sua Boa Nova, os evangelhos, como as igrejas ensinam. Todas essas coisas, como já vimos, são apenas exterioridades. Confiar em Jesus deve ser muito mais do que isso: seguir seus ensinamentos; fazer a busca à qual ele deu tanta importância que disse ser a primeira coisa que devemos fazer.

    - A que verdade Jesus se referia ao dizer “... a verdade vos libertará”?
    A verdade a que Jesus se referia ao dizer “... a verdade vos libertará” é, com certeza, a verdade de que “eu e o Pai somos um”; que “o reino de Deus está dentro de nós”; que “somos o templo do Altíssimo”, como tantas vezes, Paulo, também afirmou.
    Jesus assegurou que, ao conhecermos essa verdade, estaremos livres. Ele não disse: “... verdade poderá vos libertar”, mas q, pelo fato de conhecê-la, seremos libertados.

    - Mas, libertados de quê?
    Libertados de tudo a que estamos sujeitos, de tudo que nos aflige, de todo sofrimento, ignorância, de tudo de que dependemos. Por isso, todos os que conheceram essa verdade se sentem livres de todos os conflitos e sofrimentos e em total bem-aventurança.
    E a que verdade se referia? Evidentemente à verdade, para nós, mais importante e extraordinária de todas: a verdade de que “eu e o Pai somos um”.

    - Somos a própria divindade. Há coisa mais prática?
    Nós não somos este corpo físico, nem o espírito, nem a alma que, conforme várias doutrinas, habitam o corpo. Somos muito mais do que isso: o Absoluto, o Todo, o próprio Ser Divino. Não se surpreendam! Isto tudo parece que soa esquisito, para nós, ocidentais. É porque nossa cultura é outra; no Ocidente, é a vida da rapidez, da velocidade, da competição, da concorrência; vida em que não se pode perder tempo com assuntos que não parecem ser úteis e práticos, como se houvesse alguma coisa mais útil e mais prática do que se libertar de toda ignorância e de todo sofrimento. Pensem nisso!
    Se analisarmos bem, lá no fundo, o que o ser humano realmente quer é ser feliz. Tudo que fazemos, de bom ou de mal, de certo ou de errado, em última análise, tem por objetivo conquistar a felicidade. Mas, só poderemos ter essa felicidade se acabarmos com todo sofrimento e com toda ignorância. E como fazer isso? Veremos logo mais.

    - Texto de Scrhoedinger.
    Mas, não fiquem surpresos com a afirmação de que nós somos a própria divindade, o próprio Todo. Ouçam este texto:
    “Por mais inconcebível que pareça para os seres humanos, nós e todos os seres sencientes somos tudo em tudo. Daí que a vida, que estamos vivendo, não seja apenas uma parte da vida total, mas, é a própria vida total... Podemos atirar-nos ao chão, estender-nos sobre a mãe Terra, com a convicção absoluta de que estamos em comunhão com ela e ela conosco... Tão certo que ela nos engolirá amanhã, nos trará, outras vezes, novas lutas e novos sofrimentos. E não somente ‘algum dia’. Agora, hoje, todos os dias, ela nos traz à vida, não uma só vez, mas milhares e milhares de vezes, exatamente como nos engole, todos os dias, milhares e milhares de vezes”.
    Vejam bem: “nós somos a própria vida total”. Estas palavras não vêm da cabeça de um “místico confuso”, mas da clareza da mente de Schroedinger, o cientista que formulou a física quântica, a ciência mais avançada do planeta. E isso que ele afirma é o mesmo coisa que os místicos e os iluminados sempre afirmaram: nós somos o próprio Todo, o próprio universo; mais ainda do que isso: somos a própria Divindade, a Divindade que buscamos mesmo inconscientemente. O que nos falta é “abrir os olhos”; é perceber que já somos “isso”, é “conhecer essa verdade”.

    - Satisfações-substitutas.
    Mas sendo essa busca inconsciente, iludidos, nos contentamos, mas nunca definitivamente, com satisfações-substitutas. Por isso, corremos atrás de prestígio, dinheiro, poder, beleza, fama, vícios, religiões, emoções, sexo. Mas, na realidade, o que procuramos, o tempo todo, e mesmo inconscientemente, é nos ligar, conscientemente, à Divindade Absoluta. (como diz o Zen: é “cavalgar o boi para procurar o boi”; isto é, é procurar a nós mesmos, pois Deus já “está” em nós, já está aqui).

    - Máscaras de Deus.
    Soa estranho dizer que somos a própria divindade. Mas, é o que os místicos e os iluminados sempre afirmaram, como Jesus ao dizer “eu e o Pai somos um”. As grandes tradições místicas ensinam que somos apenas “máscaras de Deus”. Biologicamente, fisicamente, diferentes uns dos outros; diferentes na aparência, no modo de ser, mas que dentro de nós está o próprio Deus, único ator neste mega-drama universal que é a vida de todos os dias.
    É difícil entender estas afirmações porque tudo que “sabemos” sobre Deus e sobre nós são apenas crenças, idéias e opiniões que as religiões populares nos dão. Quem pode afirmar que a idéia que, hoje, temos sobre nós e sobre Deus é cem por cento correta? Se fosse correta, como é que poderíamos explicar a existência de tantas religiões, seitas e crenças com doutrinas tão diferentes? Estariam, então, todas corretas, com todas suas diferenças, ou só estão corretas na interpretação de seus seguidores?

    - Aqueles que tentaram revelar a verdade.
    Aqueles que tentaram abrir nossos olhos para essas verdades, enfrentaram o poder constituído, em particular o poder da igreja cristã, e muitos perderam a vida. Basta um olhar na história da Idade Média, para ver quantos morreram por isso.

    - O erro das igrejas.
    Foram criadas organizações, as igrejas, para ensinar ao homem as verdades reveladas. No entanto, todas elas caíram num mesmo erro: tentar interpretar as palavras dos sábios para homens que não eram voltados para as coisas mais elevadas da vida, porque seus numerosos problemas existenciais lhes tomavam toda a atenção.
    As igrejas tentaram nos comunicar a verdade que nem mesmo elas conheciam. Por isso, se dedicaram mais a ensinar como devemos nos conduzir na vida em sociedade, para um melhor relacionamento entre os seres humanos (amar, respeitar; agir honestamente, isto é, os mandamentos), mas não nos ensinaram “como” conhecer a ‘Verdade’. E, aos poucos, os ensinamentos do sábio judeu foram esquecidos ou deturpados e perderam o sentido original, que possuíam no cristianismo de Jesus.

    - A igreja cristã e o cristianismo.
    O cristianismo, que as igrejas ensinam hoje, quase nada tem a ver com o dos primeiros séculos. Esta afirmação é de pesquisadores idôneos que encontraram respostas às suas indagações sérias sobre o cristianismo primitivo.
    A igreja de Roma, apoiada pelo imperador romano, tornou-se poderosa e dominou as demais. Atraída pela pompa do Império, se dedicou à conquista das coisas temporais, com isso, se esquecendo das coisas espirituais que os Evangelhos contêm. E, assim, as lições mais importantes se perderam.
    - Religiões organizadas. Imaturidade.
    Surgiu, também, talvez para preservar a pureza dos ensinamentos, a necessidade de reunir os homens de mesma crença em grupos, as religiões organizadas. Isso trouxe a visão errada de que devemos nos ligar, e daí ficarmos, portanto, dela dependentes, a alguma corrente religiosa para encontrarmos a salvação. No entanto, ouçam o que a esse respeito dizem os sábios, entre eles o místico indiano Krishnamurti:
    “O homem que se liga a religiões organizadas é imaturo”, isto é, não amadureceu ainda. Como dizem os mestres, ele ainda “está cursando o ‘jardim da infância e, dificilmente, chegará à “Graduação Universitária”.
    Mas nós nos ligamos, muitas vezes pela tradição da família e, talvez, quase nunca por uma análise profunda de questões tão importantes*, a religiões organizadas que dão esperanças de uma continuidade ou sobrevivência após a morte biológica, com seus prêmios e castigos (carma, pecados, méritos e deméritos, céu, umbral, inferno).

    - Nossa ligação à religião.
    * Como eu disse, a ligação à religião é “questão muito importante”. Mas, parece que, para os ocidentais, não tem tanta importância assim. Mas isso é porque em nós, embora estejamos ligados às religiões cristãs, essa ligação é, em geral, muito superficial. Observem se não é assim conosco. Quando foi que levamos totalmente a sério nossa religião? Mas isso é assim porque, como dissemos, as religiões mais nos enchem de dúvidas do que de certezas, e porque desconhecemos completamente, nem temos idéia do que seja a auto-realização espiritual de que Jesus falou nos Evangelhos e da qual outros iluminados falaram tantas vezes.

    - O Deus do Velho Testamento e o Deus do Novo Testamento.
    Como estava dizendo, nós nos ligamos às religiões sem uma análise profunda do que estamos fazendo. E, enquanto a morte não chega, deve cada um proceder corretamente, obedecendo aos preceitos, mandamentos e ética de seu grupo ou crença, senão o castigo de Deus será impiedoso.
    E pergunto: Qual é o verdadeiro Deus? No Ant Test, está um Deus impaciente, impiedoso, vingativo, cruel, orgulhoso, parcial, que se fazia temer pelos homens; no Novo Test, um Deus de amor e misericórdia, que se fazia amar pelos homens. Qual é o verdadeiro Deus?...
    Como, também, estava dizendo, o castigo do Deus de misericórdia e de amor (vejam bem: de misericórdia e de amor!) será tremendo e impiedoso e, conforme algumas crenças, por toda eternidade! (onde estão, então, a misericórdia e o amor?).

    - Palavras de Deus. Maldições.
    Para avivar a memória, ouçam estas palavras que o “Deus” dirigiu ao povo de Israel, o povo que se tinha como “o eleito de Deus”, como estão no Velho Testamento. Imaginem, se não fosse ao povo “eleito”, como seriam mais duras suas palavras!:
    “Se não me escutardes e não guardardes meus mandamentos... eis como eu hei de vos tratar: enviarei terríveis flagelos sobre vós; a tuberculose e a febre empanarão vossos olhos e vos farão desfalecer; debalde semeareis vossa semente porque vossos inimigos a comerão; voltarei a minha face contra vós e sereis vencidos pelos vossos inimigos;... farei vossa terra dura como bronze e ela não dará frutos; mandarei contra vós as feras dos campos, que devorarão vossos filhos... farei cair sobre vós a minha espada, lançarei a peste no meio de vós e tirarei o vosso pão; amontoarei vossos cadáveres e vos odiarei; nada vos saciará; comereis a carne de vossos filhos...
    “Reduzirei vossas cidades a deserto..., Àqueles dentre vós que sobreviverem, porei tal espanto em seus corações que o ruído de uma folha agitada pelo vento os porá em fuga... e cairão sem que ninguém os persiga.
    “Se não me obedecerdes e não praticardes cuidadosamente todos os meus mandamentos, todas as maldições virão sobre vós. Tudo que é vosso será maldito... o fruto de vosso solo, as crias de vossas vacas e ovelhas. Sereis malditos quando entrardes e malditos quando sairdes. O Senhor mandará a maldição e o pânico contra vós em todas vossas empresas, até que sejais aniquilados, por me terdes abandonado. Mandar-vos-á a peste, até que ela vos destrua a todos; todos os flagelos e doenças, até que tudo pereça. Em lugar de chuva em vossas terras, tereis poeira e secura até que tudo seja aniquilado. Vosso cadáver será pasto de animais. Recebereis uma mulher, mas outro a possuirá; construireis vossa casa, mas não a habitareis; plantareis e não comereis os frutos. Vossos filhos e filhas serão escravizados por povo estrangeiro e não os tereis de volta. Eu hei de vos enlouquecer por tudo que vossos olhos terão de ver, mas nada podereis fazer e sereis esmagados, porque eu, o Senhor, vos ferirei com uma úlcera maligna incurável que se estenderá da planta de vossos pés ao alto da vossa cabeça. Para onde quer que fujais, a mão do Senhor estará sobre vós para vos trazer mal e aflição etc.etc”. E muitas maldições mais.

    - Será esse o Deus em que acreditamos?
    .............................Continua........

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