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Filosofia Oriental e Espiritualismo Prático

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    SE VOCÊ MEDITAR......Continuação......

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    coronel


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    Mensagem  coronel Sáb Jan 05, 2013 8:07 pm

    (2) SE VOCÊ MEDITAR........................Continuação...........

    Será esse o Deus no qual as religiões ocidentais nos fazem acreditar? O Deus do amor, da misericórdia e da paz, como as crenças populares apregoam? E todas essas maldições eram feitas para que o povo que se dizia “eleito por Deus”, não prestasse culto a “outros deuses”, mas que obedecesse somente àquele que o libertara do Egito. Assim, ouçam:
    “... se prestardes culto a outros deuses... eu exterminarei Israel da terra que lhe dei, derrubarei o templo que consagrei em meu nome, e Israel será objeto de sarcasmo e zombaria para todos os povos”.
    Perceberam? Os judeus tinham de obedecer, cegamente, apenas àquele que se dizia o Deus único; àquele que, nas lutas para se apoderar da Terra Prometida, tirava dos judeus as melhores conquistas, os melhores frutos, os melhores animais, ouro, bronze, azeite, madeiras de lei, e até mesmo, prestem atenção, até mesmo as melhores virgens, e a quem, vejam só, “o cheiro da carne assada é agradável às narinas”. Não estranhem; tudo isso está na Bíblia Cristã!
    Eram lutas em que o povo judeu não combatia, mas esse “deus”, ou seus “anjos”, “combatiam” por ele, e isso em toda caminhada de 40 anos pelo deserto.
    Agora, já pensaram porque uma caminhada de 40 anos do Egito para a Terra de Canaã se são fronteiriços? Ouçam a razão disso em Josué, 5:6:
    “Os israelitas tinham marchado pelo deserto por 40 anos, até a completa extinção daquelas gerações de homens escapados do Egito, mas infiéis à voz do Senhor. Por terem cultuado outros deuses, inflamaram o furor do Senhor... para onde quer que fossem, a mão do Senhor estava sobre eles para lhes trazer mal e aflição”.
    A caminhada durou quarenta anos, para que só chegassem à Terra Prometida as gerações nascidas no deserto. Porque isso? Para que todos aqueles que, no passado, haviam adorado outros deuses, morressem no caminho e, assim, só entrassem na terra de Canaã os fiéis adoradores daquele que se dizia: “Eu sou o Senhor, vosso Deus”. Lembrem-se de que nem mesmo a Moisés, o líder do povo hebreu nessa enorme caminhada, foi permitido entrar na Terra Prometida.
    A obrigatoriedade de fazer, a Deus, as oferendas citadas era por toda a vida dos descendentes daqueles judeus; portanto, as oferendas eram obrigatórias para sempre. E, conforme I Reis, 8:5, “Sacrificavam, ao Senhor, tão grande quantidade de ovelhas e bois que não se podia contar”!

    - Passagens bíblicas estranhas
    Entre muitas passagens bíblicas estranhas, vejam estas:
    Uma passagem na qual Deus diz que se arrepende de ter colocado Saul no trono de Israel. (Que Deus seria esse que se arrepende do que faz? Terá siso surpreendido pelos desmandos de Saul?).
    Outra: II Reis 2.23: “Por haver, um bando de rapazes, chamado Eliseu de “careca”, e ele era careca, “Eliseu os amaldiçoou em nome de Deus. Imediatamente, saíram da floresta dois ursos que despedaçaram quarenta e dois daqueles rapazes” (Aqui nos mostram um Deus cruel e vingativo).
    E mais: II Reis 1.10: “Por ter sido repreendido por um mensageiro, que chefiava 50 homens, a mando do rei Ocosias, Elias disse: “Se sou um homem de Deus, venha fogo do céu e vos devore, a ti e aos teus 50 homens” e, imediatamente, o fogo, caindo do céu, devorou o chefe e seus 50 homens”.
    Vocês reconhecem, nesses textos, o “Deus de nossos corações”? Embora o “Deus de nossos corações” talvez, seja nada mais do que um conceito no qual as religiões nos levaram a crer?

    - Caramuru.
    Aquele que dizia “eu sou o senhor, vosso Deus” era, ao que parece, um ser poderoso e forte, dotado de tecnologia avançada de modo a dar medo e, assim, impor respeito e obediência aos hebreus, e a arrebatar, com sua tecnologia, da tenda dos holocaustos, as numerosas e ricas oferendas que, mais de uma vez por dia, obrigatoriamente, lhe eram feitas. Vejamos esta outra citação bíblica:
    “... então, subitamente, o fogo do Senhor baixou do céu e consumiu as oferendas dadas em sacrifício e”, vejam só, “até mesmo a lenha (!), as pedras do altar (!), a poeira e a água do chão...”
    Ouviram com atenção? Aquilo a que chamavam Deus levou com ele não apenas as ofertas que os judeus lhe faziam, mas até as enormes pedras do altar e outras coisas!
    “Vendo isso, o povo, aterrorizado, prostrou-se com o rosto por terra e exclamou: “Você é mesmo Deus! Você é mesmo Deus!” ou, como está no VT: “O senhor é Deus! O senhor é Deus!”.
    Isso não nos lembra um episódio da história do Brasil? Quando o navegador português, ao ver a massa de indígenas que se aproximava, deu um tiro para o alto com sua espingarda...? E o que aconteceu, então? Os indígenas, ao verem o fogo que saía daquela arma e ouvindo o ruído do disparo, pararam e, apavorados na sua ignorância, se prostraram por terra, gritando: “Caramuru! Caramuru!” (“Pai do fogo e filho do trovão”)... E isto aconteceu somente há cerca de quinhentos anos! Enquanto que, pela história, os fatos citados a respeito do povo hebreu, se deram milhares de anos antes disso e o povo devia ser também muito ignorante.
    Mas, será esse o Deus de nossos corações? O Deus da fúria, impaciente, colérico, vingativo, que nos criou ignorantes e imperfeitos e que, depois, se erramos, nos amaldiçoa e nos pune por sermos ignorantes e imperfeitos?

    - Obedecendo por medo.
    Observem, portanto, se não é assim: muitos, talvez a maioria dos que seguem, mais ou menos, sua religião, numa análise mais profunda, obedecem aos mandamentos de Deus e de suas igrejas, por medo do que poderá acontecer se não obedecerem. Uma sinla disso é a expressão que ouvimos tantas vezes: “... sou temente a Deus...”
    Do mesmo modo, nossa busca freqüente de perdão, através de orações, promessas, confissões, comunhões, jejuns, sacrifícios, procedimentos e outras coisas, deve ter, por motivo, nosso medo de ficarmos sujeitos a castigos pelos “pecados” que cometemos e pelos quais não obtivemos ou não pedimos perdão.

    - Salvos pela graça. “Deus opera, em nós, o pensar e o fazer”.
    Vejam outra afirmação, que deve ter enorme significado, mas que foi esquecida pelas igrejas cristãs: “não é por vossas obras que sereis salvos, mas pela graça de Deus”, afirmação repetida nas epístolas de Paulo. Por ela, o ser humano já está salvo; não há do que se salvar. As escrituras cristãs, e também os místicos e os iluminados de todas as épocas, e atualmente a filosofia da ciência quântica, afirmam que “é o Senhor que opera em nós o pensar, o querer e o fazer”. Como, então, podemos estar em pecado, se nem os pensamentos, as escolhas que fazemos, as decisões que tomamos, são nossos? Pois é Deus que opera em nós o pensar!
    Estão estranhando? Leiam as escrituras cristãs, mas leiam com atenção e questionando! E, como aconselha o sábio Krishnamurti: “não ponha outra cabeça acima da sua”, isto é, o que os outros dizem é apenas a opinião deles, interpretações, muitas vezes equivocadas, das percepções que tiveram. Por isso, os sábios recomendam que cada um procure ter sua própria experiência; que cada um veja por si mesmo.

    - Whitman.
    O poeta americano Walt Whitman é um daqueles que tiveram vislumbres dessa experiência, a q chamamos iluminação ou consciência cósmica. Ele, como outros que tiveram a mesma experiência, afirmou que ninguém conhece a verdade pelo fato de freqüentar templos e cultos, nem por ouvir sermões que emocionam, nem por pedir aos céus, ou por orar; nem por promessas ou por praticar as virtudes pregadas pelas diferentes igrejas e crenças, ou por sacrifícios.
    Como os místicos e os iluminados, ele afirma que, somente na solidão, no silêncio do “eu”, na perseverança da busca, é que nós podemos encontrar aquilo que é sagrado. E, depois disso, vamos perceber que sermões, escrituras, sacrifícios, rituais, cultos, orações, promessas, isto é, exterioridades, não têm qualquer valor; desaparecem como fumaça.
    E afirmou, também, que: “Enquanto estamos na escuridão, não compreendemos as escrituras; quando chegamos à luz, elas não são mais necessárias”.

    - Teresa e as noviças. João da Cruz e Santo Agostinho.
    A partir de 1905, portanto há mais de 100 anos, outras verdades surgiram com a nova física. Mas, a igreja, com seu poder temporal e sua enorme influência sobre as massas, também tentou evitar a divulgação. Contudo, já bem antes, a doutora em teologia, como é considerada, hoje, a santa da igreja católica, Teresa de Ávila, ensinava às noviças de seu convento - e por isso quase foi levada ao tribunal da “santa” inquisição: “Nenhuma de vocês pode entrar no reino de Deus, sem primeiro entrar dentro de vocês mesmas, pois é dentro de cada um de nós que Deus está”.
    E João da Cruz, monge católico e, hoje, considerado santo da igreja, esteve muito tempo preso nos cárceres dos conventos, para que não divulgasse verdades semelhantes. Do mesmo modo, Santo Agostinho disse ter procurado Deus, por muito tempo, fora dele, mas, por fim, acabou descobrindo que Deus estava dentro dele mesmo. E Meister Eckhart, místico cristão, disse que, quando conhecermos Deus, nós nos identificaremos com ele, pois nós somos o próprio Deus.

    - Blasfêmias.
    Para nós, ocidentais, essas palavras parecem blasfêmias. A crença católica, a evangélica, a espírita e outras, ensinam que somos incapazes de nos aproximar de Deus, porque estamos cheios de pecados e imperfeições. Enquanto isso, as revelações trazidas pela meditação ensinaram ao místico que desde sempre somos a própria divindade (“eu e o Pai somos um”); que nosso trabalho, para nos libertarmos da ignorância e do sofrimento, é, como afirmou Jesus, perceber, ou melhor, conhecer essa verdade.

    - Meditação oriental. Ciência e misticismo.
    Hoje, a meditação oriental é praticada, aqui no Ocidente, por milhares de pessoas: cientistas, psicólogos, psiquiatras, sacerdotes, monges, freiras, estudantes. Ela é a porta pela qual essas percepções podem entrar. Como vimos, essa afirmação é confirmada pela ciência moderna que, hoje, tem do universo uma nova visão, semelhante à dos místicos.
    Hoje existem trabalhos com relação aos quais é até difícil de saber se são obras de cientistas-físicos quânticos ou de místicos-buscadores de Deus, pois suas concepções sobre a vida, sobre o lugar do homem no universo e sobre Deus, são semelhantes.
    Vejam este título dado a um livro: “Questões quânticas: Escritos místicos dos maiores físicos do mundo”. Afinal, esse livro trata de física quântica ou de misticismo?... Trata das duas coisas porque, hoje, e talvez pela primeira vez na história do mundo, a visão de mundo da ciência se confunde com a visão de mundo do misticismo milenar, o mesmo misticismo que a ciência ocidental considerava, até há pouco tempo, um amontoado de superstições, bobagens e mesmo patologia.

    - “... Fé do tamanho dum grão de mostarda...”’
    Quando Jesus disse “se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha...”, ele apenas nos mostrou que nossa fé é muito pequena, que não temos fé nenhuma. Não que tenhamos culpa disso; apenas que não temos fé nenhuma. A fé incondicional, a convicção absoluta, só pode ser alcançada com o percebimento da verdade; esta nos liberta de toda ignorância, de todos os sofrimentos e torna possível uma criatividade com resultados que nem podemos imaginar. Foi esse conhecimento, essa criatividade, que deve ter tornado Jesus capaz de produzir os chamados “milagres”.

    - Impotência ante o sofrimento.
    Nossa impotência ante o sofrimento, ou do semelhante ou nosso, nos traz sentimento de frustração e desespero. Não sabemos o que fazer. A própria medicina, com todo seu avanço, tem alcance muito pequeno! No entanto, como Jesus afirmou, “se tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda...” a coisa poderia ser tão diferente! Talvez pudéssemos “mover” doenças e dores; ensinar, aos nossos semelhantes, o caminho para sair da escuridão.

    - Virtudes forçadas.
    Vejam ainda: os sábios e os místicos dizem que todas as virtudes, como o amor ao próximo, a capacidade de perdoar, a humildade, são forçadas, imitações e até falsas quando não nascem do conhecimento da verdade. Dizem que somente a experiência de Deus pode nos dar as virtudes genuínas, como o amor, a humildade e a sabedoria.
    Chegam a dizer que dificilmente podemos encontrar, no mundo, um verdadeiro cristão, porque, eles perguntam, como alguém pode amar por mandamento (por ordem, imposição, obrigação)? Mas é isso que a igreja cristã manda: que amemos o semelhante como a nós mesmos; que perdoemos, não sete, mas setenta vezes sete vezes; que apresentemos a outra face e tantas coisas mais que o homem comum até julga loucura (parece que os homens não perceberam que essas palavras eram lições do ponto de vista de um iluminado; por isso parecem loucura porque, como afirmou Paulo, “a sabedoria de Deus é loucura para os homens”).
    A igreja manda que nos amemos uns aos outros, mas esqueceu de ensinar “como” despertar esse amor. No entanto, Jesus ensinou como alcançar as virtudes que ele teve, entre elas esse amor. Mas, sua lição foi esquecida ou mal interpretada e os homens não receberam, e não recebem ainda, esses ensinamentos.

    - “Por mim” ou “pelo eu”?
    Conforme os Evangelhos, Jesus disse “Ninguém vai ao Pai senão por mim”. - Não teria ele dito: “ninguém vai ao Pai senão pelo ”eu’’? Afirmou também: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. - Não teria afirmado: “o “eu” é o caminho, a verdade e a vida”?... Não estranhem! Analisem! Nossas escrituras, nesses dois mil anos, passaram por tantas traduções, gramáticas, interpretações e idiomas, e sofreram a influência de tantos interesses, costumes e culturas tão diferentes!
    (Recentemente, em entrevista na TV, dois rabinos afirmaram exatamente isso: que a tradução correta, em lugar de “por mim” é “pelo eu”, e em lugar de “eu sou” é “o eu é”).
    Vejam um exemplo de como as escrituras sofreram alterações: um homem considerado, entre todos os historiadores, um dos mais fiéis, Rui Barbosa, escreveu a introdução ao livro “O Papa e o Concílio”. As fontes citadas são irrefutáveis, muitas do próprio Vaticano: decretos, anais, tratados, acordos, bulas papais, cartas de bispos, padres, reis, imperadores, obras de historiadores de imparcialidade irrepreensível, atas de concílios, pastorais, sermões etc. Nessa introdução, conta que o Papa Sixto V escreveu, de próprio punho, uma nova versão da Bíblia, decretando que só essa era verdadeira e que seriam excomungados os que lhe alterassem uma só palavra. Contudo, a nova versão continha cerca de duas mil incorreções em pontos importantes. O papa Belarmino, seu sucessor, aconselhou abafar o perigo a que Sixto levara a igreja: recolher e destruir todos os exemplares; e, depois de corrigida, reimprimi-la afirmando-se, no prefácio, serem os erros culpa dos impressores. Belarmino assinou o prefácio com essa mentira e, em sua biografia, gabou-se de ter ‘pago o mal com o bem’, pois Sixto colocara sua principal obra no Índice de livros proibidos pelo Vaticano. A biografia extravasou dos arquivos. Um cardeal sugeriu imediata queima da biografia e se fizesse profundo segredo porque, nela, Belarmino chamava três papas de mentirosos.
    Contudo, é isso mesmo o que os místicos e iluminados ensinam: o caminho para a busca de Deus é para dentro de nós, na direção onde pensamos que está nosso “eu”. A própria Teresa de Ávila, a doutora teologal da igreja católica, já ensinava isso às noviças. É na direção onde pensamos que está nosso “eu” que Deus está; dentro de nós, portanto.
    Lembrem-se destas afirmações: “o reino de Deus está dentro de vós”, “Deus habita em nossos corações”, “Vós sois o templo do Altíssimo”. Há alguma coisa estranha nestas afirmações? São afirmações de Jesus, de Paulo, de Teresa de Ávila, de João da Cruz, de Santo Agostinho e de tantos outros sábios do misticismo ocidental e oriental.
    Por isso, o iluminado disse: “Quem tem olhos de ver, veja! Quem tem ouvidos de ouvir, ouça!” (isto é, “quem puder compreender, compreenda!”).

    - “Aquieta-te e sabe: Eu sou Deus!”
    Também não foi dada importância a estas palavras do profeta, do Ant Test: “Aquieta-te e sabe: Eu sou Deus”. Qual será o significado dessas palavras? Lembrem-se que Jesus ensinou que, quando quisermos falar ao Pai, devemos nos “fechar em nosso quarto e, em oculto (isto é, sozinhos, em silêncio, aquietados), falar ao Pai que, em oculto, nos ouve”. Será essa uma sugestão para fechar as portas e janelas de madeira, ou o que seja, e ficarmos isolados em um cômodo da casa, de modo que ninguém saiba de nossa conversa com Deus? Será que isso facilitaria a comunicação? Ou seria “fechar” nossa mente, isto é, tentar não ouvir, não ver, não exercitar os sentidos objetivos, nem a imaginação, nem a memória; enfim, trazer silêncio à mente, calar a mente ou, como ensinou o profeta do AT, aquietar a mente?

    - Estática cerebral. “Ou eu, ou Deus”.
    Portanto, conforme os iluminados afirmam, é dentro de nós que vamos encontrar aquilo a que denominamos Deus. Mas, enquanto houver ruído, isto é, enquanto houver expectativas, lembranças, imaginações, emoções, pensamentos, remorsos, desejos, enfim, enquanto houver estática em nosso aparelho receptor que é o cérebro, enquanto houver operações em nosso cérebro, não vamos conseguir sintonizar a divindade.
    Aqueles que tiveram a experiência de Deus ensinam que quando a mente se aquieta, o ego também se aquieta, cessa de operar. Afirmam que quando o “eu não é, Deus é”; isto é, quando o nosso “eu”/ego, a mente individual se afasta, se aquieta, “abre espaço” que pode ser preenchido pela divindade absoluta.

    - Objetivo da meditação.
    E é exatamente esse o objetivo da meditação: calar a mente, aquietar a mente, isto é, cessar com todas as operações mentais; trazer silêncio ao cérebro, fazer cessar o “eu”, com suas lembranças e condicionamentos e, se houver perseverança nessa condição, podemos vir a perceber aquilo que os místicos perceberam: que não somos essas criaturas impotentes e sofredoras, envolvidas pela escuridão da ignorância; que podemos dar o vôo da águia, subir às alturas e conhecer que somos a própria divindade que em nós habita.
    Por isso: “Aquieta-te e sabe: Eu sou Deus!”, isto é, aquiete o ego, cesse com suas ações de pensar, imaginar, recordar, se emocionar e você poderá, se for perseverante, “ouvir” a voz de Deus, “sentir” Deus, “tocar” Deus.
    Como disse o iluminado: “Aquele que perseverar até o fim será salvo!”

    - Os descrentes. O carma.
    Porque tantas vezes ouvimos dizer que os profissionais da saúde, particularmente os médicos, são descrentes? Não será porque eles vêem, no seu dia-a-dia, nos consultórios e hospitais, tanto sofrimento, males sem cura, desespero e lágrimas e, ao mesmo tempo, não encontram qualquer explicação para tudo isso?
    Há pessoas, talvez as mais inclinadas ao romance, que se ligam a crenças que oferecem uma possibilidade de compensação futura; a crenças ou religiões que afirmam que há necessidade de pagar os erros que cometemos no passado, pois só assim nos libertamos do peso de nossos “pecados” e vamos ter asas para vôos mais altos.

    - Outra visão: somos punidos por nós mesmos.
    Outra visão afirma que os males que afligem o ser humano não são impostos pela divindade. Que somos nós que produzimos, com nossa ansiedade, ignorância, erros, pecados, medos e sentimentos negativos, os miasmas que produzem tais sofrimentos. Que Deus nada tem a ver com isso.
    É como se o Criador criasse tudo e, depois, se afastasse deixando para suas criaturas ignorantes, pois que todos nós fomos criados ignorantes, a responsabilidade de seguir suas leis. Se não as seguimos, se cometemos erros, seremos como que punidos por nós mesmos.
    Será o Criador tão impiedoso assim? E onde está sua onisciência? Criou suas criaturas ignorantes, sujeitos, portanto, ao erro e, depois, se erramos, nos deixa expostos a castigos tão grandes, que crianças já vêm ao mundo com sofrimentos terríveis para toda a vida! Ou, de repente, num certo momento da existência, surge aquela doença ou aquele problema tão sério que faz que a gente derrame lágrimas e se desespere e até pense que não vale mais a pena viver...!?

    - Carma e animais irracionais.
    E quanto ao carma? Será que somente o erro doloso, isto é, o erro praticado com consciência do que se está fazendo, é que exige correção? Parece que não é bem assim; parece que qualquer erro, consciente ou não, traz a necessidade de corretivo. Se não fosse assim, como entender os males que afligem os animais que chamamos de irracionais? Eles apresentam doenças muito semelhantes às do ser humano e sofrem dores semelhantes. Será que os animais irracionais, inconscientes do que fazem, pecaram, adquiriram carma negativo, porque agiram com desobediência aos mandamentos divinos? Pensem nisso...!

    - Aceitação da “palavra”.
    Muitos, talvez por tradição familiar ou por conveniência social, se ligam a crenças que quase nada explicam. Talvez não estejam buscando explicações. Talvez não questionem a doutrina e a aceitem, passivamente, como sendo “a palavra de Deus”, “a palavra do Senhor”. A crença está ali; eles a seguem, mais ou menos, como podemos ver que ocorre com tanta gente. Parece que pensam que, desde que cumpram certas regras de suas
    ..................Continua para terminar.....

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