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    Mensagem  Máscaras de Deus Sáb Jun 04, 2011 8:51 pm


    Excertos de "A Meditação Segundo a Vedanta", IN: Meditação e Métodos, Swami Vivekananda


    POR QUE DEUS?


    Já me perguntaram muitas vezes: "Por que você usa aquela velha palavra, Deus?" Porque é
    a melhor palavra para o nosso objetivo; você não pode encontrar melhor palavra que esta, porque todas as esperanças, aspirações e felicidade da humanidade têm sido centralizadas naquela palavra. É agora impossível mudar tal palavra. Palavras como esta foram primeiramente cunhadas por grandes santos que verificaram sua importância e compreenderam seu significado. Mas, quando se tornam comuns na sociedade, os ignorantes se apossam dessas palavras e o resultado é que elas perdem seu espírito e sua glória. A palavra Deus tem sido usada desde tempos imemoriais e a idéia desta inteligência cósmica e de tudo que é grandioso e sagrado, se associa a ela. Você acha que, porque alguns tolos dizem que não está certo, deveríamos desprezá-la? Algum outro homem pode chegar dizendo "Use esta palavra" e ainda outro "Utilize tal palavra". Assim não haverá fim para palavras tolas. Use a velha palavra, use-a somente no verdadeiro sentido, limpe-a de toda superstição e tenha plena consciência do que significa esta grande e antiga palavra. (II. 210).





    A CONCEPÇÃO VEDÂNTICA DE DEUS


    O que é o Deus da Vedanta? Ele é um princípio, não uma pessoa. Você e eu somos todos Deuses Pessoais. O Deus absoluto do Universo, o criador, preservador e destruidor do Universo, é um princípio impessoal. Você e eu, o gato, o rato, o diabo e o fantasma, todos somos Seus personagens - todos somos Deuses Pessoais. Você quer cultuar Deuses Pessoais. É o culto do seu próprio eu. Se você aceitar meu conselho, nunca entrará em nenhuma igreja. Saia e vá lavar-se. Lave-se, repetidamente, até ficar limpo de todas as superstições que grudaram em você, através dos tempos.
    Perguntaram-me muitas vezes: "Por que você ri tanto e diz tantas piadas?" Eu fico sério, às vezes - quando tenho dor de estômago! O Senhor é felicidade plena. Ele é a realidade atrás de tudo que existe, Ele é o bem, a verdade em tudo. Vocês são Suas encarnações.
    Isto é que é glorioso. Quanto mais perto você estiver Dele, menos oportunidade terá de chorar ou soluçar. Quanto mais se afastar Dele, mais desventuras surgirão. Quanto mais O conhecermos, tanto mais as angústias desaparecerão.
    Deus é o ser impessoal, infinito - o sempre existente, imutável, imortal, destemido; e vocês todos são Suas encarnações. Este é o Deus da Vedanta e Seu céu está em todo lugar. (VIII. 133-34)




    A META E OS MÉTODOS DE REALIZAÇÃO


    Assim como toda ciência tem seus métodos, o mesmo acontece com cada religião. Os métodos para alcançar o objetivo da religião são chamados por nós de Ioga e as diferentes formas de Ioga que ensinamos, são adaptadas às diferentes outra coisa. (IV. 227)




    O TAJ-MAHAL DOS TEMPLOS


    O Deus-Vivo está dentro de vocês e, contudo, vocês constróem igrejas e templos e acreditam em muitas coisas absurdas. O único Deus que deve ser adorado está na alma que reside no corpo humano. Naturalmente, todos os animais são, também, templos, mas o homem é o mais elevado, o Taj-Mahal dos templos. Se não consigo fazer adoração dentro deste templo, nenhum outro templo será de utilidade. Quando eu tiver alcançado Deus dentro do templo de cada ser humano, quando eu ficar em reverência diante de cada ser humano e nele enxergar Deus - nesse momento estarei livre da escravidão, tudo que me prende se desatará e eu estarei livre. (II. 321)


    UMA ALEGORIA


    Imagine o Eu como sendo o passageiro, e este corpo físico como a carruagem, o intelecto o cocheiro, a mente as rédeas e os sentidos os cavalos. Aquele cujos cavalos são bem domados e cujas rédeas são fortes e bem manejadas pelas mãos do cocheiro (o intelecto), alcança a meta que é o estado Dele, o Onipresente. Mas o homem cujos cavalos (os sentidos) não são controlados, nem as rédeas (a mente) bem manejadas, caminha para a destruição. (II. 169)




    AQUI E AGORA


    Não espere até conseguir uma harpa para descansar, passo a passo; por que não pegar uma harpa e começar aqui? Por que esperar pelo céu? Faça-o aqui.
    Como podemos entender que Moisés viu Deus, a menos que O vejamos? Se Deus alguma vez veio para alguém, Ele virá até mim. Eu irei diretamente até Deus; que Ele fale comigo. Não posso me basear na crença; isto é ateísmo e blasfêmia. Se Deus falou com um homem nos desertos da Arábia, há dois mil anos, Ele também pode falar comigo hoje, se não fizer isto como saberei que Ele não morreu? Vá até Deus de toda maneira que puder; apenas vá. Mas, quando for, não prejudique a ninguém. (VII. 93,97)




    UMA CANÇÃO DE NINAR INDIANA


    Era uma vez uma rainha hindu, que desejava tão ardentemente que todos os seus filhos conseguissem a libertação nesta vida, que ela mesma cuidava deles todos; quando os embalava para dormir, ela sempre cantava a mesma canção - "Tat tvam asi, Tat tvam asi" ("Isto sois Vós, isto sois Vós").
    Três deles tornaram-se Sannyasins (monges), mas o quarto foi levado para ser educado para tornar-se um rei, noutro lugar. Ao partir, sua mãe deu-lhe uma folha de papel que ele deveria ler somente quando atingisse a maioridade. Naquela folha estava escrito: "Somente Deus é verdadeiro. Tudo o mais é falso. A alma nunca mata ou é morta. Viva sozinho ou na companhia de pessoas puras." Quando o jovem príncipe leu isso, ele também renunciou ao mundo imediatamente e tornou-se um Sannyasin. (VII 89-90)




    A FÁBULA DOS DOIS PÁSSAROS


    Toda a filosofia da Vedanta está contida nesta história:
    Dois pássaros de plumagem dourada pousaram na mesma árvore. O que estava no alto era sereno, majestoso, imerso em sua própria glória; o que estava mais abaixo era inquieto e comia os frutos da árvore, ora doces, ora amargos. Certa vez ele comeu um fruto excepcionalmente amargo e olhou para o majestoso pássaro do alto; mas logo esqueceu-se do outro pássaro e prosseguiu comendo os frutos da árvore, como antes. Comeu, de novo, um fruto amargo, e, desta vez, alçou-se para um pouco mais perto do pássaro do topo. Isto aconteceu muitas vezes até que, finalmente, o pássaro que estava embaixo veio até o lugar do pássaro de cima e perdeu sua identidade. Ele compreendeu, subitamente, que nunca houvera dois pássaros, e que ele fora, durante todo o tempo, aquele pássaro de cima, sereno, majestoso e imerso em sua própria glória. (VII. 80)




    O QUE EXISTE ALÉM?

    Os processos da evolução, combinações cada vez mais elevadas, não existem na alma; ela já é o que é. Eles estão na natureza. Suponha que aqui existe um biombo e que atrás dele há um belo cenário. Há um pequeno furo no biombo através do qual podemos somente captar pequena parte do cenário que fica por detrás. `A medida em que o furo aumentar de tamanho, cada vez mais descortinaremos a cena escondida; e quando o biombo todo desaparecer não haverá nada mais entre você e o cenário; você o verá em sua totalidade. Este biombo é a mente do homem. Atrás dela se esconde a majestade, a pureza, o infinito poder da alma, e quanto mais a mente se tornar clara e pura, tanto mais se manifestará a majestade da alma. Não é que a alma se modifique, mas a mudança é no biombo. A alma é a Unidade Imutável, a imortal, a pura, a sempre-abençoada Unidade. (VI. 24)




    SEJA A TESTEMUNHA


    Diga, quando a mão do tirano agarrar seu pescoço: "Eu sou a Testemunha! Eu sou a Testemunha!" Diga: "Eu sou o Espírito! Nada do exterior pode tocar-me." Quando maus pensamentos surgirem, repita isto, dê-lhes uma pancada na cabeça: "Eu sou o Espírito! Eu sou a Testemunha, o Abençoado para sempre! Não há razão para que eu faça coisa alguma, não há razão para que eu sofra, estou farto de tudo, eu sou a Testemunha. Estou na minha galeria de quadros - este universo é o meu museu, somente olho essa sucessão de pinturas. Todas são belas, sejam boas ou más. Eu admiro a maravilhosa habilidade, mas é tudo uma coisa só. As infinitas chamas do Grande Pintor!" (V. 254)




    A MORALIDADE E A RELIGIÃO


    A religião chega quando aquela verdadeira realização em nossa própria alma começa. Isto será a aurora da religião; e somente então seremos seres morais. Presentemente, nós não somos mais morais do que os animais. Somente somos contidos pelos chicotes da sociedade. Se a sociedade nos dissesse, hoje: "Não punirei você, se furtar", nós avançaríamos na propriedade dos outros. É o policial que nos torna seres morais. É a opinião social que nos faz morais e, realmente, somos um pouco melhores que os animais. Compreendemos o quanto disso é verdade no íntimo de nossos corações. Assim, não sejamos hipócritas.
    Esta é a palavra de ordem da Vedanta - realize a religião, não adianta nada falar. Mas isto só se faz com grande dificuldade. Ele escondeu-se dentro do átomo, este Antigo Ser que mora no mais íntimo recesso de cada coração humano. Os sábios realizaram-No através do poder de introspecção. (II. 164-65)




    A ALMA E SUA ESCRAVIDÃO


    Nós somos o Ser Infinito do universo e ficamos materializados nesses seres pequeninos, homens e mulheres, que dependem da palavra doce de um homem, ou da palavra irada de um outro e assim por diante. Que dependência terrível, que horrível escravidão! Se você belisca meu corpo, sinto dor. Se alguém diz uma palavra carinhosa, fico alegre. Veja minha condição - escravo do corpo, escravo da mente, escravo do mundo, escravo de uma boa palavra, escravo de uma palavra má, escravo da paixão, escravo da felicidade, escravo da morte, escravo de tudo! Esta escravidão tem de ser rompida. Como? Pense sempre: "Eu sou Brahman."
    Assim, qual é a meditação do Jnana (seguidor do caminho do conhecimento)? Ele quer erguer-se acima de qualquer idéia do corpo ou da mente, varrer a idéia que é o corpo físico. Para que embelezar o corpo? Para gozar mais uma vez a ilusão? Para continuar a escravidão? Deixe passar, eu não sou o corpo. Esta é a atitude do Jnana. O Bhakta diz: "O Senhor deu-me este corpo para que eu possa atravessar, com segurança, o oceano da vida e devo cuidar dele até que a jornada acabe." O Iogue diz: "Devo ser cuidadoso com o corpo afim de que possa prosseguir com firmeza para alcançar, finalmente, a libertação." (III. 25, 27-28)




    O MUNDO: NEM BOM, NEM MAU


    Se a milionésima parte dos homens e mulheres que vivem neste mundo simplesmente sentassem e dissessem por alguns minutos: "Vocês todos são Deuses, Oh! homens, animais e seres vivos, todos vocês são manifestações da Única Divindade Viva!", o mundo todo seria modificado em meia hora. Em vez de lançar horrendas bombas de ódio em cada canto, em vez de projetar correntes de ciúme e maus pensamentos, em cada país as pessoas irão pensar que Ele está em tudo. Tudo que você vê ou sente é Ele. Como pode você enxergar o mal sem haver o mal dentro de você? Como pode você ver o ladrão, a menos que ele esteja lá, sentado no interior de seu coração? Como ver o assassino, a menos que você seja o próprio assassino? Seja bom e o mal esvanecerá. E assim o universo inteiro será modificado.
    Eis outra coisa para ser aprendida. Não podemos, possivelmente, vencer tudo que nos rodeia objetivamente. Não podemos. O peixinho quer fugir de seus inimigos dentro d’água. Como pode fazê-lo? Desenvolvendo asas e tornando-se um passarinho. O peixe não modificou nem a água, nem o ar; a modificação foi em si próprio. A mudança é sempre subjetiva. Através de toda a Evolução você verifica que a conquista da natureza vem pela mudança do indivíduo. Aplique este raciocínio à religião e à moral e verificará que a vitória sobre o mal somente acontece pela modificação do subjetivo. É deste modo que o sistema Advaita obtém toda sua força, no lado subjetivo do homem. Falar do mal e do sofrimento é tolice, porque eles não existem do lado de fora.
    Posso parecer ousado ao afirmar que a única religião que concorda e vai um pouco além das pesquisas modernas, em ambas as linhas físicas e morais, é a Advaita, e é por isso que atrai tanto os cientistas modernos. (II. 287, 137-38)




    A ARMADILHA DE MAYA


    Certa vez, Narada (um grande sábio) disse a Krishna: "Senhor, mostre-me Maya (Ilusão Cósmica)". Alguns dias se passaram e Krishna convidou Narada para um passeio pelo deserto e, depois de andarem algumas milhas, Krishna disse: "Narada, estou com sede; você pode trazer-me um pouco d'água?" "Partirei imediatamente, senhor, para buscar sua água." Assim, Narada partiu.
    Não muito longe havia uma aldeia; entrou nela à procura de água e bateu numa porta, que foi aberta por uma linda mocinha. Ao vê-la, ele se esqueceu, imediatamente, que seu Mestre esperava pela água, talvez morrendo de sede. Esqueceu tudo e começou a conversar com a moça. Decorrido o dia todo, ele não voltou ao seu Mestre. No dia seguinte, lá estava ele de novo a conversar com a mocinha. A conversa transformou-se em amor; ele pediu a garota em casamento e eles se casaram e tiveram filhos. Passaram-se assim doze anos. Seu sogro faleceu e ele herdou sua propriedade. Vivia, como pensava, uma vida muito feliz com sua esposa e filhos, com seus campos e o gado e assim por diante. Então, houve uma enchente. Certa noite, o rio encheu-se até transbordar e inundar toda a aldeia. As casas caíram, homens e animais foram arrastados e afogados e tudo flutuava na violência da torrente. Narada teve de fugir. Com uma das mãos segurava sua mulher e com a outra dois de seus filhos; outro filho estava em seus ombros e ele tentava atravessar aquela tremenda inundação. Após dar alguns passos, viu que a corrente estava forte demais e a criança que estava em seus ombros caiu e foi carregada pelas águas. Narada soltou um grito de desespero. Ao tentar salvar a criança, largou uma das outras, que também se perdeu. Finalmente, sua mulher, que ele agarrara com toda sua força, foi arrebatada pela torrente e ele foi arremessado às margens, chorando e soluçando com amargas lamentações.
    Atrás dele surgiu uma voz delicada: "Meu filho, onde está a água? Você foi procurar um bocado d’água e estou esperando por você. Já faz meia-hora que você partiu." "Meia-hora!", exclamou Narada. Doze anos tinham se passado em sua mente e todas essas cenas aconteceram em meia hora! É isto que é Maya. (II. 120-21)



    AUDÁCIA ESPIRITUAL


    Na Rebelião de 1857 (o primeiro movimento de libertação da Índia) havia um Swami, verdadeiramente uma grande alma, a quem um rebelde maometano apunhalou gravemente. Os rebeldes hindus capturaram-no e levaram o homem até o Swami, dizendo que o poderiam matar. Mas o Swami olhou para ele calmamente e disse: "Meu irmão, tu és Ele, tu és Ele" e expirou.
    Ergam-se, homens e mulheres, com este mesmo espírito, atrevam-se a acreditar na Verdade, atrevam-se a praticar a Verdade. O mundo necessita de algumas centenas de homens e mulheres audazes. Pratiquem aquela audácia que se atreve a conhecer a Verdade, que se atreve a mostrar a Verdade na vida, que não treme diante da morte e em vez disso a saúda, aquela audácia que faz o homem saber que ele é o Espírito e que, em todo o universo, nada pode matá-lo. então vocês estarão libertos. então conhecerão Sua Alma Real. "Este Atman deve ser primeiro ouvido, depois cogitado em nossos pensamentos e, afinal, submetido à meditações." (II. 85)




    O HOMEM, FAZEDOR DE SEU DESTINO


    Os homens fracos, quando perdem tudo e sentem-se enfraquecidos, tentam toda espécie de disparatados métodos de fazer dinheiro e inclinam-se para a astrologia e todo tipo de coisas. "São o tolo e o covarde que dizem: "É o destino". Mas é o homem forte que se ergue e diz: "Farei o meu destino".
    Há uma velha estória sobre um astrólogo que veio até um rei e disse: "O senhor irá morrer em seis meses". O rei ficou fora de si, completamente aterrorizado e estava quase a morrer de medo. Mas seu ministro era um homem inteligente e disse ao rei que os astrólogos eram tolos. Mas o rei não acreditava nele. Assim, o ministro viu que o único jeito do rei ver que eles eram tolos era convidar de novo o astrólogo. Lá, ele perguntou-lhe se seus cálculos estavam corretos. O astrólogo disse que não havia erro nenhum, mas, para satisfazê-lo, refez todos os cálculos e disse que estavam perfeitamente certos. A face do rei ficou lívida. O ministro então perguntou ao astrólogo: "E quando você pensa que irá morrer?" "Dentro de doze anos", foi a resposta. O ministro rapidamente puxou sua espada, separou a cabeça do astrólogo de seu corpo e disse ao rei: "O senhor vê este mentiroso? Ele acaba de morrer, neste momento." (VIII, 184-85)



    SABOREIE AS MANGAS


    O mundo todo lê Bíblias, Vedas e o Alcorão; mas todos são somente palavras, sintaxe, etimologia, filologia, os ossos secos da religião. O instrutor que cuida muito de palavras e que permite que sua mente seja arrastada pela força das palavras perde o espírito. É só o conhecimento do espírito das escrituras que forma o verdadeiro instrutor espiritual. A rede de palavras das escrituras é como uma imensa floresta na qual a mente humana muitas vezes se perde, não sabendo como sair.
    Ramakrishna costumava contar a estória de alguns homens que entraram numa plantação de mangas e se preocuparam em contar as folhas, os ramos e os galhos, examinando suas cores, comparando seus tamanhos e anotando tudo com muito cuidado e depois iniciaram uma discussão refinada sobre cada um desses tópicos, que eram, sem dúvida, muito interessantes para todos eles. Mas um deles, mais sensível que os demais, não se incomodou com nada disso e começou a comer uma manga. E ele não foi sábio? Assim, deixem esta contagem de folhas, de raminhos e anotações para os outros. Este tipo de serviço tem seu lugar apropriado, mas não aqui, no domínio espiritual. Vocês nunca encontram um homem forte espiritualmente, no meio desses "catadores de folhas". (III. 49-50)


    MAYA E LIBERDADE


    Que não sejamos apanhados desta vez. Tantas vezes Maya nos capturou, tantas vezes trocamos nossa liberdade por bonecas de açúcar que derreteram quando a água nelas tocou!
    Não se decepcione. Maya é uma grande trapaça. Vá embora. Não deixe que ela o prenda desta vez. Não venda sua herança sem preço para tais ilusões. Levante-se, desperte, não se detenha até que a meta seja alcançada.
    Guarde seu dinheiro meramente como uma custódia para aquilo que pertence a Deus. Não tenha apego a ele. Que o nome, a fama e o dinheiro passem; são uma terrível escravidão. Sinta a maravilhosa atmosfera da liberdade. Você é livre, livre, livre! Oh, abençoado sou eu! Eu sou a liberdade! Eu sou o Infinito! Em minha alma não encontro nem começo nem fim. Tudo é o meu Eu. Diga isto, incessantemente.
    (Lembranças de Swami Vivekananda, pág. 185,180)




    NÃO DURMA MAIS


    Em verdade, meu ideal pode ser resumido em poucas palavras, que são: pregar junto à raça humana sua divindade e como manifestá-la em cada movimento da vida.
    Uma idéia que vejo claramente como a luz do dia é que o sofrimento é causado pela ignorância e nada mais. Quem dará luz ao mundo? O sacrifício foi a Lei no passado e também o será, ai de mim, pelos tempos que hão de vir. Os melhores e os mais corajosos da terra terão de se sacrificar pelo bem de muitos, pelo bem estar de todos. Budas, aos centos, serão necessários com eterno amor e piedade.
    As religiões do mundo tornaram-se arremedos sem vida. O que o mundo quer é caráter. O mundo está necessitado daqueles cuja vida é um amor ardente, sem egoísmo. Este amor fará com que cada palavra ressoe como um raio.
    Palavras audaciosas e ações audaciosas é o que queremos. Despertem, despertem, grandes do mundo! O mundo arde em sofrimento. Vocês podem dormir? (VII. 498)

    http://mascarasdedeus.blogspot.com/2011/05/fundamentos-da-filosofia-vedanta-swami.html


      Data/hora atual: Seg maio 20, 2024 7:18 am