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    Espiritismo: é ou não é religião?

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    Religião - Espiritismo: é ou não é religião?  Empty Espiritismo: é ou não é religião?

    Mensagem  Monstrinho Qui Jun 09, 2011 6:46 pm


    Leiam/comentem/critiquem


    Espiritismo ou o Novo Espiritualismo Ocidental

    O que é o Espiritualismo Científico ou Novo Espiritualismo? Ele é novo em que sentido?


    "Espiritualismo Científico"; "Novo Espiritualismo"; "Moderno Espiritualismo" ou "Espiritualismo Novo", foram os termos utilizados pelos americanos e ingleses - mas também Emmanuel e tantos outros Espíritos usam esse termo - para o que mais tarde foi chamado de Espiritismo, na França.


    Esses termos sempre me chamaram a atenção, pelo fato de até hoje não se ter esclarecido porque o Espiritismo é "espiritualismo científico"? Ou seja, ele é um espiritualismo científico porque a existência e a imortalidade da alma foi comprovada experimentalmente por cientistas daquela época - meados do século XIX - ou ele é um espiritualismo científico, porque, como posteriormente se referiu Allan Kardec, era o único tipo de espiritualismo que poderia "encarar a razão face a face em todas as épocas da humanidade"?


    No primeiro caso, se Allan Kardec não tivesse codificado a Doutrina dos Espíritos ou Doutrina Espírita todos esses fenômenos conhecidos como "mesas girantes", "mesas falantes", manifestações espirituais de ordem física como pancadas, sumiço e desaparição de objetos, barulhos, e também os diversos tipos de comunicações, que, posteriormente foram elencadas de maneira criteriosa por Allan Kardec, tudo teria sido inútil, já que, como sabemos, até hoje na França e em muitos países da Europa, consta que as "mesas girantes" foram apenas o resultado do "magnetismo animal", de Mesmer, que era transmitido de pessoa para pessoa tendo os dedos míninos unidos, enquanto sentados á volta de uma mesa redonda.


    Teria sido, como pensam muitos até hoje, as comunicações mediúnicas, apenas o resultado do "inconsciente" das pessoas que participavam das sessões.


    Então acredito hoje que, o termo "Espiritualismo Científico", pode prevalecer e ter um significado a partir das comunicações obtidas pelos médiuns, e ditadas pelos Espíritos, sobre o Mundo Espiritual e a sua relação com o mundo material.


    De fato, com todo o "progresso" obtido na Revolução Industrial e na ciência do século XIX, como a unificação da Teoria do Eletromagnetismo, por Maxwell, a formulação da Teoria da Evolução ou Seleção Natural por Charles Darwin e Alfred Russel Wallace, e também com as descobertas como o Raio X, que foi uma descoberta acidental, por Roentgen, os Raios Crookies, a máquina fotográfica, o telégrafo, a construção dos grandes telescópios ópticos por William Herschell, a invenção do motor a combustão pelo alemão Rudolf Diesel - cuja patente é atribuída ao velhaco Henry Ford -, e, acima de tudo isso, com o "banimento de Deus" do cenário científico e filosófico, somente uma doutrina espiritualista apoiada nas idéias e conceitos nascentes no século XIX é que poderia ser levada a sério, pelo menos no ocidente cristão.


    Além disso, os termos "evolução" e "progresso" que encontramos amiúde nas obras kardequianas, não foram cunhados à toa, e tampouco se pode crer ingenuamente que tais termos são uma invenção dos Espíritos: eles são termos criados pela mentalidade européia do século XIX, porque o conceito de evolução em Charles Darwin foi rapidamente apropriado pelos economistas, filósofos, cientistas, políticos e representantes da burguesia da época para justificar a organização da sociedade de então.


    As idéias evolucionistas logo foram interpretadas erroneamente: enquanto a Seleção Natural proclamava a sobrevivência das espécies mais aptas, não tardou para que os grupos dominantes traduzissem essa idéia em termos de "progresso", alegando que ricos, brancos e poderosos eram o resultado da "seleção natural social" - dentro de uma mesma espécie? Digamos logo, surge o Darwinismo Social.


    Essas idéias progressistas são visíveis nas obras do francês Auguste Comte, na sua Lei dos 3 Estágios. Segundo ele, a humanidade passara, mediante um processo linear e cumulativo, por 3 estágios a saber, o teológico, o metafísico e o racional. O teológico compreende a época dos mitos e do pensamento religioso; o metafísico, refere-se à Filosofia, com suas especulações racionais-lógicas, e enfim, o racional representa o triunfo da ciência moderna, com os seus primeiros esforços para se libertar do jugo da religião na Revolução Científica do Século XVII, atingindo o seu ápice na Revolução Científica de 1900.


    Então Kardec, ou melhor, os Espíritos da Codificação, escrevem em uma linguagem que seja interpretada facilmente por essa mentalidade do século XIX. Ao invés de dizer que já fomos criados perfeitos por Deus e que cabe a nós tomarmos consciência dessa perfeição (concepção hinduísta, zen-budista e outras), Kardec irá dizer que "o Espírito está evoluindo", e, a cada reencarnação, ele pode ou não fazer novos progressos do ponto de vista do melhoramento pessoal.


    Restou no Movimento Espírita a idéia de que, se temos várias vidas para progredir, então podemos demandar a evolução espiritual aos poucos, ou como reza o ditado popular, "empurrar com a barriga" o trabalho que cabe fazer hoje.


    Outro aspecto interessante é que, a Doutrina Espírita surge com um outro tipo de criacionismo - porque nessa época há o debate ferrenho entre Criacionismo (católico) e Evolucionismo (Seleção Natural). Claro que a igreja romana entra definivamente em declínio, com a declaração da Infalibilidade papal no Concílio de 1870, mas a mentalidade religiosa predominante é a católica, e portanto dualista.


    É assim que, vemos o Espiritualismo Científico defender a "criação" divina em termos dualistas: de um lado está Deus, absoluto e perfeito, e de outro, separado Dele, está o homem, o mal, o pecado, e a "imperfeição" - termo esse também utilizado amiúde por Allan Kardec.


    Ainda outro detalhe a ser ressaltado - se é para dizer mesmo que o Espiritismo tem algo de inovador - é a priorização dos trabalhos mediúnicos, em que entidades desencarnadas são atendidas e orientadas pelos encarnados, em muitos casos. Isto tem a sua lógica: segundo informação dos próprios Espíritos, a grande maioria dos Espíritos desencarnados sofrem dores morais pungentes, uma vez que desencarnaram acreditando que eram o corpo, e com isso, levando para o post-mortem todas as idéias terrenas a que se apegaram. Talvez esse seja o grande mérito do Espiritismo: fazer da mediunidade prática consumada e legitimada útil a gregos e troianos, digo, a encarnados e desencarnados.

    E, reparem que não só o Livro dos Espíritos e "O Céu e o Inferno" está repleto de esclarecimentos e narrativas dos sofrimentos dos Espíritos após a morte, mas todo o chamado "pós-Kardec", não é senão um exaustivo trabalho no afã de elucidar a natureza desses padecimentos.

    A menos das obras de Emmanuel, as de André Luiz, Manoel Philomeno de Miranda, Victor Hugo - para falar aqui dos mais conspícuos - são todas voltadas para essas narrativas dos Espíritos humanizados, muitas vezes padecendo no além-túmulo dores morais superlativas. Então a meu ver, esse é o grande mérito do Espiritismo: atentar para a questão da Vida Espiritual, porém, obviamente que, para isso, é necessário já "viver a vida espiritual por antecipação" (Allan Kardec), pois que, de outro modo, seria desnecessária a reencarnação.


    Allan Kardec diz em "A Gênese" que o "desenvolvimento da Doutrina" também cabe aos encarnados, numa alusão clara a que, não se pretendeu - Kardec e os Espíritos - darem a palavra final.


    A meu ver, a Doutrina Espírita representa apenas um conjunto de conhecimentos e práticas espiritualistas passadas pelos Espíritos, de maneira à adequar os ensinamentos à capacidade cognitiva, moral e sobretudo cultural, da mentalidade e da representação simbólica da realidade que se estruturou a partir do século XIX. Assim, como costuma dizer um amigo nosso, a Doutrina é constituída de duas partes: uma voltada à questão da disciplina dos egos, e outra voltada à parte que toca à vida espiritual.


    Nesse comenos, o enaltecimento da razão por Allan Kardec, se torna perigoso, por ensejar interpretações dúbias e diversas. A razão é necessária para se entender a mensagem dos Espíritos ou os Espíritos é que utilizam da "linguagem racional" para se fazerem entendidos aos encarnados? Ou aquilo que o próprio Allan Kardec chamou de "o bom senso" é que deve ser tido como critério para se estudar o Espiritualismo? Se bem que, Allan Kardec elegeu a razão e o bom-senso no tangente à recepção e obtenção das comunicações espíritas, para que os praticantes da ciência espírita não seja enganados pelos Espíritos charlatães e impostores. Então parece óbvio que o que existe, é um processo de eleger a razão como critério central, para se comunicar com Espíritos que, no mais da vezes, e ainda que desencarnados, continuam a ser "seres racionais", ou "espíritos humanizados".


    Contudo, do ponto de vista dos encarnados, eleger a razão como critério para se avaliar a veracidade, o valor e autenticidade dos enunciados históricos do Espiritualismo Universal de todos os tempos - Vedanta, Hinduísmo, Budismo, Zen-budismo e outros "ismos" - é bastante controverso, pois que, a razão está estrutura socialmente; ela não é e nem pode ser vista como um a priori inamovível, útil a gregos e troianos que, em última análise se configura como o melhor instrumento disponível ao ser humano para julgar o que é certo ou errado, bom ou mal, pois que, a própria razão está estruturada no imaginário e no simbólico, nos condicionamentos, preconceitos e costumes históricos, na sociedade.


    Talvez, naquele momento de pujança das descobertas científicas, naquele contexto do surgimento de invenções, comodidades e vicissitudes sociais advindos da Revolução Industrial, a razão tenha tido a sua importância legítima, no tangente à ser elevada à conta de "instrumento fidedigno de análise de todos os processos sociais", mas hoje, está claro que a razão dualista não faz outra coisa senão gerar problemas criados por ela mesma, à medida em que ela, a razão simbólica, constrói conceitos e representações sobre o real, ou seja, ela mesma é que define e postula o que é mal e bem, feio e belo, valioso e desprezível.


    O reinado da razão dualista vai enfim, chegando a termo, com as descobertas da Física Qüântica unida aos conhecimentos e práticas espiritualistas das grandes escolas e mestres do passado, para ensejar á humanidade, finalmente, o ingresso nesse novo Mundo de Regeneração tão esperado por todos.

    http://mascarasdedeus.blogspot.com/2011/04/o-espiritualismo-cientifico-doutrina.html

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    Religião - Espiritismo: é ou não é religião?  Empty Re: Espiritismo: é ou não é religião?

    Mensagem  Convidad Sex Jun 10, 2011 11:34 am

    Bem,

    Embora eu não possa aquilatar o meu texto da mesma forma que você faz, por não ter o seu conhecimento Filosófico, vou colocar de uma maneira muito simples o que eu sempre considerei o Espiritismo.

    Para mim o Espiritismo nunca foi religião, talvez porque eu tenha vindo do ateísmo, por conseguinte quase despida de todos os condicionamentos religiosos, digo quase , porque ainda havia um resquício da minha criação na infância no Catolicismo.

    A interpretação que sempre fiz de Kardec e que me foi passada , foi da compreensão da necessidade do aprimoramento moral, questão essa individual ,e da interação do mundo visível com o invisível e suas consequências, tendo uma inteligencia suprema, Deus , causa primária de todas as coisas. ... ao qual chegaríamos próximos a essa sabedoria a partir deste aprimoramento moral.

    Deus portanto não joga dados, não faz milagres, não beneficia este ou aquele, não é objeto de súplica, adoração ou culto, não negocia e nem barganha, e sim é o que tudo governa e por ser justo dá e tira de acordo com exclusivamente seu comportamento moral, assim como atraímos ou repelimos Espíritos simpatizantes ou não. Sendo assim, considero Deus a suprema ordem do Universo, onde age na nossa vida através de suas Leis imutáveis e não relativas como imaginamos, que não vai nos beneficiar apenas porque construímos altares em sua homenagem e oramos todos os dias independente da nossa conduta. Portanto não há condicionalidade, nem toma lá da cá para entrar no Reino dos Céus.

    Bem, se Deus é a causa primária de todas as coisas, a causa do sofrimento humano, também vem de Deus, não por castigo a seus filhos, simplesmente porque lutamos contra a ordem universal de Deus e não aceitamos, buscando o prazer e a harmonia, externa a nós e não em nosso aprimoramento moral, interior. Obvio que a insatisfação ou o julgamento de tudo que nos é contrário se fará presente sempre,enquanto não nos enxergarmos totalmente e nos sentirmos plenos, libertos da influência externa do mundo material.

    Sendo assim o Espiritismo não é salvacionista, não é religião, é esclarecimento da vida nos moldes morais de Cristo, espírito puro que nunca disse, que não alcançaríamos a sua condição, portanto também não é Santo, distante e longe de nós como imaginamos.

    Fiquei surpreendida ao sair do meu meio de estudo Espírita e ver o movimento Espírita tão Católico, no sentido de criar "Santos Médiuns" para adoração, santos Espíritos com verdades absolutas, tantas obras sociais barganhando com Deus seu espaço, enfim nada disso foi passado na codificação. Tem um amigo meu que fala: "o Espiritismo não é religião, porque nunca considerou o Espírito desligado de Deus" e é verdade.
    Se fazemos parte da creação de Deus, não podemos estar desligados de Deus.
    O que eu posso falar sobre essa sua crítica tão bem fundamentada e lúcida?
    Apenas que seria uma crítica não ao Espiritismo em si, mas aos seus seguidores, que transformaram a DE em mais uma religião com um Deus barbado e vingativo novamente e com Santos e Espíritos Santos idolatrados e salvadores. Pelo menos é isso que tenho sentido no MEB.
    Kardec se referia aos espíritas como céticos, pois não acreditavam em milagres e fantasias, demônios etc. Tudo tinha que ser analisado com extrema cautela. O médium, como disse Chico, era apenas um carteiro.
    É isso que se vê hoje no movimento? Não.
    Outro dia num debate onde eu estava citando exclusivamente a DE, fui acusada de crucificar Chico Xavier e que era contra André Luis, "pessoas como eu crucificariam Cristo de novo". O que se pode fazer diante de um argumento tão infantil, onde a analise do texto não é levada em consideração pela cegueira ou necessidade de acreditar por acreditar?
    Sei que a sua análise foi muito mais profunda indo muito além do Movimento Espírita. Não se trata aqui de defender o Espiritismo e sim de mostrar que o Espiritismo retrocedeu após Kardec, nada mais foi analisado como deveria e muita mistificação foi sendo adicionada a DE por uma necessidade imensa de encontrar a tábua de salvação numa religião qualquer e não em si mesmo, que deveria ser a postura de qualquer um que entendesse a Codificação.
    Quando Jesus de Nazaré afirmou: ... procurai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua Justiça, e tudo o mais lhe será dado por acréscimo de misericórdia, ele quis mostrar ao homem a necessidade de se auto conhecer, pois, num outro passo do seu Evangelho, ele afirma imperativamente: “ O Reino de Deus está dentro de vós”.

    Hebinha




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    Religião - Espiritismo: é ou não é religião?  Empty Re: Espiritismo: é ou não é religião?

    Mensagem  Máscaras de Deus Sex Jun 10, 2011 9:48 pm

    Hebinha escreveu:Quando Jesus de Nazaré afirmou: ... procurai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua Justiça, e tudo o mais lhe será dado por acréscimo de misericórdia, ele quis mostrar ao homem a necessidade de se auto conhecer, pois, num outro passo do seu Evangelho, ele afirma imperativamente: “ O Reino de Deus está dentro de vós”.

    Hebinha

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