O MOVIMENTO DO EGO
O que é esse “eu”? É possível, de alguma
maneira, libertar-se da atividade centrada no "eu"? Há um
"eu" real separado da imagem criada pelo próprio "eu"?
.
KRISHNAMURTI: O que
entendemos por "eu"? Se você perguntar a alguém o que é
o "eu", ele diria "São todos os meus sentidos, meus
sentimentos, minha imaginação, minhas exigências românticas,
todas as minhas posses, um marido, uma esposa, minhas qualidades,
minhas lutas, conquistas, ambições, minhas aspirações, minha
infelicidade, minhas alegrias" – TUDO ISSO seria o "eu".
Você pode acrescentar mais palavras, mas a
essência dele é o centro, o "eu", meus IMPULSOS
(deslocamento de um conjunto de sensações para um outro conjunto de
sensações projetado delas próprias como realizações): -
"Sinto-me impelido a ir a Índia para encontrar a verdade"
- e assim por diante. A partir desse centro, ocorre toda ação;
todas as nossas aspirações, nossas ambições, desavenças, nossas
desacordos, nossas opiniões, julgamentos, experiências, estão
centrados nisso. Esse centro não é apenas o "eu"
consciente agindo exteriormente (nos movimentos corporais voluntários
e involuntários; das reações comportamentais comuns do cotidiano
que fere a imagem que temos de nós de importância, valor, diretos,
deveres etc.), mas também a profunda consciência interior que não
é aberta e evidente; ele é TODOS os diferentes níveis de
consciência.
É possível libertar-se desse centro?
KRISHNAMURTI:Por
que nós (que somos o movimento desse centro) queremos libertar dele?
Seria por¬que o centro é causa de divisão (maléficos, dores,
sofrimentos, mágoas, ressentimentos)?
Isto é, o "eu" é o elemento ativo que
está agindo o tempo todo; é o mesmo "eu" (um único
movimento de relações interligado milenarmente perpetuizado em
reações de causas e efeitos, fracionado em seu conteúdo mental
único de aparência particularizada em cada ser humano) com
diferentes nomes, com uma pele de cor diferente, com uma tarefa
diferente, com uma posição diferente na hierarquia da estrutura
social - você é o Senhor Fulano de Tal, outra pessoa é um criado -
é o mesmo "eu" dividindo-se social, econômica e
religiosamente - em todas essas diferentes categorias.
Onde há essa divisão deve haver conflito - o
hindu que se opõe ao muçulmano, ao judeu, ao árabe, ao americano,
ao inglês, ao francês. Isso é óbvio, fisicamente, e tem causado
guerras terríveis, grande aflição, brutalidade e violência. O
"eu" IDENTIFICA-SE (se expande buscando continuidade na
busca de satisfação e prazer na segurança ideológica de ser algo
que imagina) com um ideal - nobre ou ignóbil - e luta por esse
ideal.
Contudo, trata-se ainda do "caminho do ego"!
As pessoas vão a Índia em busca de
espiritualidade; vestem diferentes fantasias, mas mudaram somente de
aparência, de roupas; elas são, essencialmente, o "eu"
agindo, lutando TODO O TEMPO, esforçando-se, agarrando, negando, e
estão profundamente apegadas as suas experiências, idéias,
opiniões e desejos. E, a medida que se vive, observa-se que esse
centro, esse "eu", é a essência de todos os problemas.
Observa-se, também, que ele é a essência de todo prazer, medo e
tristeza.
"Como escapar desse centro para ser
REALMENTE livre - de forma absoluta e não relativa?" É
bastante simples ser relativamente livre; pode-se ser um tanto
desprendido, um tanto preocupado com o bem-estar social, com as
dificuldades dos outros, mas o centro (gerenciador de ação) está
sempre lá, brutal, mordendo duramente.
É possível LIVRAR-SE TOTALMENTE desse centro?
KRISHNAMURTI:
Antes de mais nada, vejam que, quanto maior o esforço feito
para libertar-se desse centro, mais a própria luta o fortalece, -
FORTALECE (esse movimento auto-identificado expansionista para ser,
ou ter alguma coisa) O "EU". Para aqueles que se desgastam
em meditações de várias espécies, tentando impor (projeções)
algo a si mesmos, o "eu", que SE IDENTIFICA com esse
esforço, é capturado por ele e diz: "Eu consegui", mas
esse "eu" AINDA é o centro. Para libertar-se, é preciso
que NÃO haja esforço (volição), o que não significa fazer o que
se quer, pois isso (qualquer coisa que se faça) é AINDA o movimento
do "eu".
Portanto, o que é que se tem de fazer?
KRISHNAMURTI:Se
você NÃO deve se esforçar porque acredita (sabe de fato) que,
quanto maior o esforço feito, maior será a resistência do centro,
então (nada faça, apenas observe o movimento de forma descontinua
sem nada acumular do observado), o que se deve fazer? O consulente
pergunta: Há um verdadeiro "eu", separa¬do do "eu"
criado pelo pensamento através de suas imagens?
Muitas pessoas perguntam isso!
Os hindus dizem que há um princípio mais alto,
que é o "eu".
Nós imaginamos também que existe um
"eu" (imortal, eterno) verdadeiro, separado do "eu"
(movimento de coisas mortas). Vocês todos, estou certo, “sentem”
(projeção prazerosa que gostaríamos de fosse real, verdadeira) que
há algo além desse (movimento para vir a ser ou a ter alguma coisa)
"eu", algo que tem sido chamado (imortalizado e permanente)
de o "eu mais elevado", o "sublime ou o supremo eu".
No momento em que usamos a palavra "Eu",
ou usamos qualquer palavra para descrever aquilo que (imaginamos)
está além do "eu", o "eu" (imortal e permanente
que imaginamos, projetamos), trata-se ainda do "eu"
(simples movimento de coisas mortas – memórias, conhecimentos
arquivados - para vir a ser ou ter algo).
É possível libertar-se do "eu"? -
sem tornar-se um vegetal, sem tornar-se distraído, de certo modo
louco?
Em outras palavras: é possível ser totalmente
livre de apegos? - o que é um dos atributos, uma das qualidades do
"eu".
KRISHNAMURTI:As
pessoas são apegadas a própria reputação, ao próprio nome, as
próprias experiências. São apegadas ao que dizem. Se você quer
realmente libertar-se do "eu", isso significa ausência de
laços; o que não quer dizer que você se torne desinteressado,
indiferente, insensível, que se feche em si próprio, pois TUDO ISSO
(ainda) é uma outra atividade do "eu". Antes, ele estava
apegado; agora, ele diz: "Eu não me apegarei". Esse é
ainda um movimento do "eu".
Quando você está REALMENTE desapegado, mas SEM
esforço, de uma forma profunda, básica, então, desse profundo
senso de desapego nasce à responsabilidade (seriedade). Não
responsabilidade por sua esposa, por seus filhos, mas o profundo
senso de responsabilidade (em todas as relações da vida –
natureza, coisas, pessoas, idéias etc. – através da observação
descontínua, sem interferência do passado, nada arquivando como
memória).
Você esta disposto a isso? Esta é a questão!
Podemos discutir eternamente, usar palavras
diferentes, mas quando chega a hora de por isso em prática (sentir a
responsabilidade), de agir, parece que NÃO QUEREMOS fazê-lo;
PREFERIMOS CONTINUAR como somos, (temos medo, receio de abandonar o
conhecido morto que permanentemente trazemos para o presente vivo)
com o “status quo” ligeiramente modificado, mas levando adiante
(dando continuidade ao movimento) nossos conflitos.
Libertar-se da própria experiência, do próprio
conhecimento, da própria percepção acumulada - é possível se
você se empenhar (seriedade sem esforço, de forma descontinua no
cotidiano comum de nossas vidas) energicamente. E não toma tempo
(não é um exercício bobo que temos que nos observar
descontinuamente – é a vida comum normal de cada dia de qualquer
pessoa em toda e qualquer atividade – são “flashs”, “insight”
em micronéssimos de fração de segundos em nosso relacionamento,
onde a consciência livre do conteúdo morto observa a relação -
percebe-se em movimento e não registra na memória). Essa é uma de
nossas desculpas: precisamos ter tempo para sermos livres.
Quando você percebe que um dos maiores fatores do
“eu” é o apego, e observa o que ele faz no mundo (guerras,
misérias, corrupção, violência) e ao seu relacionamento com os
outros – desavenças, separação, toda a fealdade de um
relacionamento – se você PERCEBE A VERDADE sobre o apego, então
você estará LIVRE dele (é a verdade que liberta). Sua própria
percepção o libertará.
Você está disposto (a morrer para todas as
gostosas e viciadas ilusões milenares) a isso?
Brockwood Park, Inglaterra, Ojaí, Califórnia e
Saanen, Suíça agosto 1979 à setembro 1980 – págs.9/12 do livro
“PERGUNTAS E RESPOSTAS” – Cultrix 1986 – tradução de Enid
Abreu Dobranszky.
O que é esse “eu”? É possível, de alguma
maneira, libertar-se da atividade centrada no "eu"? Há um
"eu" real separado da imagem criada pelo próprio "eu"?
.
KRISHNAMURTI: O que
entendemos por "eu"? Se você perguntar a alguém o que é
o "eu", ele diria "São todos os meus sentidos, meus
sentimentos, minha imaginação, minhas exigências românticas,
todas as minhas posses, um marido, uma esposa, minhas qualidades,
minhas lutas, conquistas, ambições, minhas aspirações, minha
infelicidade, minhas alegrias" – TUDO ISSO seria o "eu".
Você pode acrescentar mais palavras, mas a
essência dele é o centro, o "eu", meus IMPULSOS
(deslocamento de um conjunto de sensações para um outro conjunto de
sensações projetado delas próprias como realizações): -
"Sinto-me impelido a ir a Índia para encontrar a verdade"
- e assim por diante. A partir desse centro, ocorre toda ação;
todas as nossas aspirações, nossas ambições, desavenças, nossas
desacordos, nossas opiniões, julgamentos, experiências, estão
centrados nisso. Esse centro não é apenas o "eu"
consciente agindo exteriormente (nos movimentos corporais voluntários
e involuntários; das reações comportamentais comuns do cotidiano
que fere a imagem que temos de nós de importância, valor, diretos,
deveres etc.), mas também a profunda consciência interior que não
é aberta e evidente; ele é TODOS os diferentes níveis de
consciência.
É possível libertar-se desse centro?
KRISHNAMURTI:Por
que nós (que somos o movimento desse centro) queremos libertar dele?
Seria por¬que o centro é causa de divisão (maléficos, dores,
sofrimentos, mágoas, ressentimentos)?
Isto é, o "eu" é o elemento ativo que
está agindo o tempo todo; é o mesmo "eu" (um único
movimento de relações interligado milenarmente perpetuizado em
reações de causas e efeitos, fracionado em seu conteúdo mental
único de aparência particularizada em cada ser humano) com
diferentes nomes, com uma pele de cor diferente, com uma tarefa
diferente, com uma posição diferente na hierarquia da estrutura
social - você é o Senhor Fulano de Tal, outra pessoa é um criado -
é o mesmo "eu" dividindo-se social, econômica e
religiosamente - em todas essas diferentes categorias.
Onde há essa divisão deve haver conflito - o
hindu que se opõe ao muçulmano, ao judeu, ao árabe, ao americano,
ao inglês, ao francês. Isso é óbvio, fisicamente, e tem causado
guerras terríveis, grande aflição, brutalidade e violência. O
"eu" IDENTIFICA-SE (se expande buscando continuidade na
busca de satisfação e prazer na segurança ideológica de ser algo
que imagina) com um ideal - nobre ou ignóbil - e luta por esse
ideal.
Contudo, trata-se ainda do "caminho do ego"!
As pessoas vão a Índia em busca de
espiritualidade; vestem diferentes fantasias, mas mudaram somente de
aparência, de roupas; elas são, essencialmente, o "eu"
agindo, lutando TODO O TEMPO, esforçando-se, agarrando, negando, e
estão profundamente apegadas as suas experiências, idéias,
opiniões e desejos. E, a medida que se vive, observa-se que esse
centro, esse "eu", é a essência de todos os problemas.
Observa-se, também, que ele é a essência de todo prazer, medo e
tristeza.
"Como escapar desse centro para ser
REALMENTE livre - de forma absoluta e não relativa?" É
bastante simples ser relativamente livre; pode-se ser um tanto
desprendido, um tanto preocupado com o bem-estar social, com as
dificuldades dos outros, mas o centro (gerenciador de ação) está
sempre lá, brutal, mordendo duramente.
É possível LIVRAR-SE TOTALMENTE desse centro?
KRISHNAMURTI:
Antes de mais nada, vejam que, quanto maior o esforço feito
para libertar-se desse centro, mais a própria luta o fortalece, -
FORTALECE (esse movimento auto-identificado expansionista para ser,
ou ter alguma coisa) O "EU". Para aqueles que se desgastam
em meditações de várias espécies, tentando impor (projeções)
algo a si mesmos, o "eu", que SE IDENTIFICA com esse
esforço, é capturado por ele e diz: "Eu consegui", mas
esse "eu" AINDA é o centro. Para libertar-se, é preciso
que NÃO haja esforço (volição), o que não significa fazer o que
se quer, pois isso (qualquer coisa que se faça) é AINDA o movimento
do "eu".
Portanto, o que é que se tem de fazer?
KRISHNAMURTI:Se
você NÃO deve se esforçar porque acredita (sabe de fato) que,
quanto maior o esforço feito, maior será a resistência do centro,
então (nada faça, apenas observe o movimento de forma descontinua
sem nada acumular do observado), o que se deve fazer? O consulente
pergunta: Há um verdadeiro "eu", separa¬do do "eu"
criado pelo pensamento através de suas imagens?
Muitas pessoas perguntam isso!
Os hindus dizem que há um princípio mais alto,
que é o "eu".
Nós imaginamos também que existe um
"eu" (imortal, eterno) verdadeiro, separado do "eu"
(movimento de coisas mortas). Vocês todos, estou certo, “sentem”
(projeção prazerosa que gostaríamos de fosse real, verdadeira) que
há algo além desse (movimento para vir a ser ou a ter alguma coisa)
"eu", algo que tem sido chamado (imortalizado e permanente)
de o "eu mais elevado", o "sublime ou o supremo eu".
No momento em que usamos a palavra "Eu",
ou usamos qualquer palavra para descrever aquilo que (imaginamos)
está além do "eu", o "eu" (imortal e permanente
que imaginamos, projetamos), trata-se ainda do "eu"
(simples movimento de coisas mortas – memórias, conhecimentos
arquivados - para vir a ser ou ter algo).
É possível libertar-se do "eu"? -
sem tornar-se um vegetal, sem tornar-se distraído, de certo modo
louco?
Em outras palavras: é possível ser totalmente
livre de apegos? - o que é um dos atributos, uma das qualidades do
"eu".
KRISHNAMURTI:As
pessoas são apegadas a própria reputação, ao próprio nome, as
próprias experiências. São apegadas ao que dizem. Se você quer
realmente libertar-se do "eu", isso significa ausência de
laços; o que não quer dizer que você se torne desinteressado,
indiferente, insensível, que se feche em si próprio, pois TUDO ISSO
(ainda) é uma outra atividade do "eu". Antes, ele estava
apegado; agora, ele diz: "Eu não me apegarei". Esse é
ainda um movimento do "eu".
Quando você está REALMENTE desapegado, mas SEM
esforço, de uma forma profunda, básica, então, desse profundo
senso de desapego nasce à responsabilidade (seriedade). Não
responsabilidade por sua esposa, por seus filhos, mas o profundo
senso de responsabilidade (em todas as relações da vida –
natureza, coisas, pessoas, idéias etc. – através da observação
descontínua, sem interferência do passado, nada arquivando como
memória).
Você esta disposto a isso? Esta é a questão!
Podemos discutir eternamente, usar palavras
diferentes, mas quando chega a hora de por isso em prática (sentir a
responsabilidade), de agir, parece que NÃO QUEREMOS fazê-lo;
PREFERIMOS CONTINUAR como somos, (temos medo, receio de abandonar o
conhecido morto que permanentemente trazemos para o presente vivo)
com o “status quo” ligeiramente modificado, mas levando adiante
(dando continuidade ao movimento) nossos conflitos.
Libertar-se da própria experiência, do próprio
conhecimento, da própria percepção acumulada - é possível se
você se empenhar (seriedade sem esforço, de forma descontinua no
cotidiano comum de nossas vidas) energicamente. E não toma tempo
(não é um exercício bobo que temos que nos observar
descontinuamente – é a vida comum normal de cada dia de qualquer
pessoa em toda e qualquer atividade – são “flashs”, “insight”
em micronéssimos de fração de segundos em nosso relacionamento,
onde a consciência livre do conteúdo morto observa a relação -
percebe-se em movimento e não registra na memória). Essa é uma de
nossas desculpas: precisamos ter tempo para sermos livres.
Quando você percebe que um dos maiores fatores do
“eu” é o apego, e observa o que ele faz no mundo (guerras,
misérias, corrupção, violência) e ao seu relacionamento com os
outros – desavenças, separação, toda a fealdade de um
relacionamento – se você PERCEBE A VERDADE sobre o apego, então
você estará LIVRE dele (é a verdade que liberta). Sua própria
percepção o libertará.
Você está disposto (a morrer para todas as
gostosas e viciadas ilusões milenares) a isso?
Brockwood Park, Inglaterra, Ojaí, Califórnia e
Saanen, Suíça agosto 1979 à setembro 1980 – págs.9/12 do livro
“PERGUNTAS E RESPOSTAS” – Cultrix 1986 – tradução de Enid
Abreu Dobranszky.
Sex Jun 14, 2013 11:34 am por espiritual
» SE VOCÊ MEDITAR..........Continuação e fim.........
Sáb Jan 05, 2013 8:15 pm por coronel
» SE VOCÊ MEDITAR......Continuação......
Sáb Jan 05, 2013 8:07 pm por coronel
» SE VOCÊ MEDITAR... continuação.......
Sáb Jan 05, 2013 8:01 pm por coronel
» SE VOCÊ MEDITAR O MUNDO SERÁ MELHOR
Sáb Jan 05, 2013 7:53 pm por coronel
» O QUE É O EGO? COMO ELIMINÁ-LO?
Sex Abr 20, 2012 9:51 pm por Nairan
» Estou aqui para aprender.
Qua Abr 11, 2012 7:45 pm por Monstrinho
» Religião: manancial de força ou de fraqueza? O Divino Direito de Ser Protegido
Qua Abr 11, 2012 7:31 pm por Monstrinho
» Nisargadatta Maharaj: o que é ego, a ilusão e o Eu - Crítica à Filosofia Idealista
Dom Abr 08, 2012 1:12 am por Monstrinho